"Governo não caiu pelas escolhas políticas que fez"
A ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares disse hoje que o executivo não caiu "pelas escolhas políticas que fez" nos oito anos de governação socialista, salientando que a geringonça permitiu "desbloquear" o país e devolver salários e pensões.
© Lusa
País Ana Catarina Mendes
Ana Catarina Mendes falava na recta final da discussão em plenário do quarto dia de apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), depois de o deputado do PSD, Hugo Carneiro, ter acusado o PS de ter provocado a crise política.
"O Governo não cai pelas escolhas políticas que fez ao longo destes oito anos. O Governo não cai pelos resultados económicos e sociais que garantiram que o país esteja melhor", afirmou a governante, realçando que as medidas tomadas permitiram repor rendimentos, aumentar salários e pensões e melhores condições económicas e sociais.
"Se há momentos em que se exige responsabilidade são os momentos em que as instituições estão sob ataque, onde é preciso uma palavra de confiança às instituições democráticas. É por isso que os portugueses serão chamados às urnas no dia 10 março", sublinhou a ministra.
Em reposta ao deputado Pedro Filipe Soares, do BE, que acusou o Governo de bloquear o país em áreas como a saúde, a educação ou a justiça, a ministra respondeu que, "ao contrário do que foi dito", o executivo "desbloqueou" o país quando em 2015 "permitiu que houvesse uma alternativa à esquerda".
"O Governo foi capaz de dizer aos partidos à esquerda que era possível construir, em conjunto, um conjunto de soluções para os portugueses porque, para nós, mais do que o poder pelo poder, é que o poder possa ser exercido em função daquilo que são as soluções" para o país, disse, numa alusão ao acordo de incidência parlamentar inédito, que em 2015, juntou toda a esquerda no apoio ao Governo minoritário do PS.
"Com o PCP, o PEV, o BE e o PAN foi possível devolver às pessoas os seus salários cortados pela direita e aumentar pensões", acrescentou Ana Catarina Mendes.
Antes, o PSD, pelo deputado Hugo Carneiro, disse que "a grande novidade" do OE2024 é que o Governo caiu desde a apresentação do documento, uma resposta ao deputado do PS Miguel Cabrita que considerou que o debate orçamental decorreu sem surpresas.
O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, aproveitou este momento para recuar aos tempos da governação PSD/CDS-PP, acusando o então executivo de Pedro Passos Coelho de ter cortado o subsídio de natal "violando os compromissos orçamentais", aludindo ainda a um dos temas que marcou o congresso de sábado do PSD relativo ao aumento para os pensionistas.
"Não durou nem 48 horas a sua proposta", acusou o socialista, o que levou Hugo Carneiro a pedir a defesa da honra da bancada e afirmar que os socialistas "deviam ter vergonha na cara", porque o PSD teve que governar com um memorando da 'troika' cuja responsabilidade aponta ao Governo socialista de José Sócrates.
Leia Também: UE "não pode voltar atrás" nos direitos dos trabalhadores
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com