Duque de Bragança defende reposição do serviço militar obrigatório
O duque de Bragança, Duarte Pio, defende a reposição do serviço militar obrigatório em Portugal para "dar dignidade aos militares", que considera terem sido nos últimos tempos "maltratados pelo poder político".
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No discurso que vai proferir hoje no tradicional jantar dos Conjurados, por ocasião do Dia da Restauração da Independência de Portugal, a que a agência Lusa teve acesso, o duque de Bragança considera que "o serviço militar obrigatório é também uma oportunidade única para promover o convívio e camaradagem entre os jovens de origens sociais e culturais diferentes, reforçando a unidade nacional".
"Acredito que seja este o momento de rever a opção do "serviço militar obrigatório"! É tempo de os governos voltarem a dar dignidade aos militares, tão maltratados pelo poder político, mas que são o garante da nossa segurança e soberania", defende, lembrando que alguns países permitem aos jovens substituir o serviço militar por um por um "serviço cívico mais prolongado".
Depois de considerar que desde a Segunda Guerra Mundial não se vivia um "período tão preocupante" como atualmente, visível nas marcas da guerra na Ucrânia e na faixa de Gaza, Duarte Pio lembra que o envolvimento das Forças Armadas portuguesas em alguns conflitos "tem sido muito bem vista internacionalmente, apesar das limitações orçamentais".
Na intervenção que fará no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, o duque de Bragança lamenta a "preocupante situação económica".
"Parece consensual que a carga fiscal que temos atualmente tem de ser reduzida. Tanto para as empresas como para as pessoas. O Estado costuma ser um mau gestor, e muito do dinheiro que nós lhe entregamos é mal administrado, ou mesmo desperdiçado", sustenta, justificando as afirmações com os aumentos dos preços "sem haver um aumento semelhante dos salários", mas também com a saída dos jovens portugueses "para o Mundo" e a "entrada massiva e descontrolada de estrangeiros".
Para o duque, "Portugal tem potencial" e se se olhar para as áreas do desporto, diplomacia, artes, economia e ciências, vê-se que "os Portugueses estão desproporcionalmente representados internacionalmente em posições de elite e de chefia".
"Portugal é um país de vencedores. Não nos podemos esquecer disto. Não basta ser vencedores lá fora, precisamos de ser vencedores aqui", salienta Duarte de Bragança, terminando com um apelo ao voto nas legislativas antecipadas de 10 de março porque "quem não vota não tem o direito de criticar" porque "entrega a sua responsabilidade a outrem".
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