"Estamos aqui para mostrar indignação para com o despedimento coletivo anunciado, mostrar a força e importância do JN para cidade e para o país, queremos mostrar que não vai ser fácil acabar com o JN", afirmou à Lusa o dirigente do Sindicato dos Jornalista (SJ), Augusto Correia.
Os trabalhadores do JN percorreram as ruas da cidade desde "a torre do JN", onde aquele diário funcionou até alguns meses, até à Avenida dos Aliados, onde estão agora concentrados e onde avisam que com "a redação vazia não há democracia" e que "o JN não vai embora".
Em comunicado interno, na quarta-feira, o grupo detentor do JN, o Global Media Group (GMG) anunciou que vai negociar "com caráter de urgência" rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
De acordo com o comunicado, a que a agência Lusa teve acesso, os acordos de rescisão serão negociados "num universo entre 150 e 200 trabalhadores nas diversas áreas e marcas" do grupo, sendo o objetivo "evitar um processo de despedimento coletivo" que, segundo a Comissão Executiva, "apenas será opção em último caso".
"Face aos constrangimentos financeiros criados pela anulação do negócio da Lusa", a administração do GMG avança ainda que "o pagamento do subsídio de Natal referente ao ano de 2023 só poderá ser efetuado através de duodécimos, acrescido nos vencimentos de janeiro a dezembro do próximo ano".
Leia Também: Sindicato saúda greve do JN face a ameaça de despedimento coletivo