"Não podem também os membros eleitos do CR [Conselho de Redação] deixar de sublinhar que, após a demissão da direção da TSF, também as direções do Jornal da Notícias, de O Jogo e do Dinheiro Vivo seguiram idêntica opção", afirma o órgão, em comunicado a que a Lusa teve acesso.
"A ameaça ao futuro da componente editorial é tão evidente que a resposta de todas estas direções é elucidativa. Saudamos daqui os nossos camaradas destas publicações que, tal como nós, sabem que a defesa da liberdade e da democracia passa também pela defesa do jornalismo", adianta o CR, que rejeita ainda "em absoluto a forma como a diretora de informação Rosália Amorim foi tratada em declarações públicas pelo CEO [presidente executivo, José Paulo Fafe] da GMG [Global Media Group]".
"Um modo indigno de um administrador se pronunciar sobre uma diretora que ele próprio nomeou e fez questão de apresentar, em reunião de editores em 02 de outubro, como uma 'escolha pessoal'", acrescentam.
A demissão do diretor do DV, Bruno Contreiras Mateus, na quinta-feira, aumentou para 11 o número de demissões em cargos de direção no grupo, juntamente com as cinco do JN, duas no jornal desportivo O Jogo e três, na terça-feira, na TSF.
No dia 06 de dezembro, em comunicado interno, o GMG avançou que iria negociar "com caráter de urgência" rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação para evitar "a mais do que previsível falência do grupo".
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