A porta-voz do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Inês Sousa Real, condenou, esta quarta-feira, casos de discriminação que têm vindo a acontecer em Portugal nos últimos dias.

“A normalização do discurso de ódio tem consequências. No mês passado um jovem indiano foi agredido com pontapés, à saída de um bar em Tavira”, começou por lembrar numa publicação partilhada na rede social X (antigo Twitter).

Nas redes sociais, Inês Sousa Real apontou ainda o mais recente caso conhecido em Portugal, que dá conta das agressões a um casal de brasileiros em Gaia, no distrito do Porto. “Um casal brasileiro foi também agredido com murros e pontapés por um grupo de cerca de 10 jovens no Cais de Gaia”, escreveu.

“Estes comportamentos xenófobos e homofóbicos são intoleráveis e não podem ser aceites. É urgente a construção de uma sociedade de maior respeito e empatia pelo próximo. Que dá muito mais trabalho do que surfar a onda do populismo, que se alimenta do medo e da insegurança”, rematou a porta-voz do PAN.

Estes comportamentos xenófobos e homofóbicos são intoleráveis e não podem ser aceites.
É urgente a construção de uma sociedade de maior respeito e empatia pelo próximo. Que dá muito mais trabalho do que surfar a onda do populismo, que se alimenta do medo e da insegurança.

— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) January 3, 2024

Recorde os casos

Em relação ao primeiro caso mencionado por Sousa Real, trata-se de um imigrante indiano que foi agredido por um grupo de jovens, na madrugada de 23 de dezembro, em Tavira, no distrito de Faro.

De acordo com a Guarda Nacional Republicana (GNR), tudo terá começado junto a uns bares. Por circunstâncias ainda por apurar, "dois a três" elementos do grupo começaram a pontapear e a esmurrar um cidadão indiano. Ao aperceberem-se das agressões, um casal britânico que por ali passava tentou intervir, ajudando a vítima, mas acabou também ele agredido.

Já quanto às agressões em Gaia, aconteceram a 30 de dezembro. Segundo o casal, as agressões foram motivadas por  "xenofobia, homofobia e racismo". O relato foi feito nas redes sociais, onde o casal descreveu o que se passou, assim como partilhou imagens.

"Nesta madrugada viramos estatística novamente. Ao sair de uma deliciosa festa brasileira no Cais de Gaia, fomos surpreendidos por um grupo de aproximadamente 10 jovens portugueses que estavam sentados no outro quarteirão, bebendo e conversando, estes jovens nos pediram 10 euros, quando dissemos que não tínhamos, vieram para cima da gente", escreveram Bruno Marcelino e Kaique Soares, numa publicação divulgada na rede social Instagram.

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