Em comunicado, as ORT da Lusa referem que o Sindicato dos Jornalistas (SJ) divulgou um pré-aviso de greve "extensivo a todos os jornalistas, independentemente do órgão de comunicação social para o qual prestem serviço, para que no período compreendido entre as 14h00 e as 15h00 do dia 10 de janeiro possam expressar a sua solidariedade" para com os trabalhadores da GMG e também para "alertar o poder político e a sociedade civil para a situação do setor".
"As ORT da Lusa convidam os trabalhadores da agência a solidarizarem-se com a luta dos trabalhadores da GMG, aderindo à paralisação entre as 14h00 e as 15h00 de 10 de janeiro e, os que trabalham na sede, em Lisboa, e na delegação do Porto, a concentrarem-se nesse período em frente aos respetivos edifícios para expressão pública da nossa solidariedade", pode ler-se no comunicado.
Os representantes dos trabalhadores da agência de notícias realçam que a venda da Páginas Civilizadas e da GMG ao fundo de investimento World Opportunity Fund, com sede nas Bahamas, "fez com que 45,71% da Lusa sejam hoje detidos indiretamente por um dono sem rosto".
O comunicado é assinado pela Comissão de Trabalhadores da Lusa, Conselho de Redação, Sindicato dos Jornalistas, SITESE -- Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços e SITE-CSRA -- Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Sul e Regiões Autónomas.
As redações do Diário de Notícias (DN), Jornal de Notícias (JN), TSF e O Jogo aprovaram em 29 de dezembro a realização de uma greve em 10 de janeiro, depois de a administração do grupo ter informado os trabalhadores de que não tinha condições para pagar os salários referentes a dezembro, afirmando que a situação financeira é "extremamente grave".
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