Contactos da PSP e da GNR trocados no Google para telefone da PJ

Polícia Judiciária abriu um inquérito criminal para apurar responsabilidades. Protesto das forças de segurança alastrou a todo o país.

Notícia

© Pedro Granadeiro / Global Imagens

Notícias ao Minuto com Lusa
10/01/2024 15:18 ‧ 10/01/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Protesto PSP

Desde o início da noite de terça-feira que, no Google, o número de telefone de dezenas de esquadras da Guarda Nacional Republicana (GNR) e postos da Polícia de Segurança Pública (PSP) foi mudado para  o número de telefone da Polícia Judiciária (PJ). 

"Foram dezenas, talvez centenas de telefonemas que foram recebidos na PJ por parte de pessoas que ligavam a pensar que estavam a contactar a polícia da sua região”, revelou um inspetor da PJ ao Diário de Notícias.

O mesmo diário confirmou junto da instituição que foi aberto um inquérito criminal para apurar a origem da troca de números.

A suspeita recai sobre polícias em protesto, número que tem aumentado.

Os protestos têm decorrido um pouco por todo o país, com polícias de várias capitais de distrito a aderir juntando-se em frente às câmaras municipais. 

Note-se que a contestação dos elementos da PSP, juntamente com os militares da GNR, teve início após o Governo ter aprovado em 29 de novembro o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês.

Os elementos da PSP e da GNR consideram tratar-se de um "tratamento desigual e discriminatório".

Estes protestos surgiram de forma espontânea e não foram organizados por qualquer sindicato, apesar de existir uma plataforma, composta por sete sindicatos da Polícia de Segurança Pública e quatro associações da Guarda Nacional Republicana, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

Na sexta-feira, esta plataforma decidiu cortar totalmente as relações com o Ministério da Administração Interna pela falta de interesse, apatia e resistência à consagração de direitos dos profissionais da PSP e GNR.

Leia Também: Protesto de polícias da PSP não tem data para acabar. "Adesão relevante"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas