Homens armados interrompem emissão de programa de TV no Equador
As imagens mostram várias funcionários deitados no chão, assim como pelo menos uma granada.
Notícias ao Minuto | 20:30 - 09/01/2024© STRINGER/AFP via Getty Images
País Equador
O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) disse, esta quarta-feira, que acompanha a situação atual no Equador e que não há, neste momento, nenhum português afetado pela situação que se vive no país.
A informação foi avançada ao Notícias ao Minuto, que questionou ainda o ministério sobre eventuais pedidos de saída do país - esclarecimentos que serão divulgados em altura posterior.
Numa nota divulgada na rede social X, o Ministério dos Negócios Estrangeiros realçou que "Portugal expressa forte preocupação pela violência desencadeada no Equador por grupos criminosos armados".
"Manifesta solidariedade ao povo equatoriano e aos esforços das autoridades no sentido de repor a normalidade no país no respeito pelos princípios do Estado de direito", pode ler-se ainda na nota do ministério liderado por João Gomes Cravinho.
Portugal expressa forte preocupação pela violência desencadeada no #Equador por grupos criminosos armados. Manifesta solidariedade ao povo equatoriano e aos esforços das autoridades no sentido de repor a normalidade no país no respeito pelos princípios do Estado de Direito. https://t.co/jHJOBAtHoU
— Negócios Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) January 10, 2024
O país enfrenta há alguns dias um clima de violência, que já resultou no rapto de cerca de dez polícias, assim como de destruição nas ruas.
Tudo começou no domingo, quando um dos maiores criminosos do país, Adolfo 'Fito' Macias, fugiu de uma prisão próxima de Guayaquil, pouco antes de ser transferido para uma prisão de alta segurança.
'Fito', como também é conhecido, era o líder do gangue Los Choneros e cumpria 34 anos anos de prisão por crime organizado, narcotráfico e homicídio, desde 2011.
Perante a fuga de Fito e a mobilização de milhares de polícias nas suas buscas, o governo do Equador declarou 'estado de exceção'. Para além da fuga, a situação piorou ao longo dos dias, com uma onda de violência a abalroar as ruas do Equador.
Para além dos raptos, tem existido violência nas ruas e explosões, com um episódio muito peculiar a acontecer na terça-feira, quando um grupo de homens encapuzados interromperam uma emissão em direto de um canal público.
O país assistiu a parte da situação nas suas casas, conseguindo ouvir alguns tiros e funcionários a serem obrigados a deitarem-se no chão sob ameaça. Na televisão, os suspeitos mostraram ainda, pelo menos, uma granada e dinamite. O número total de suspeitos é desconhecido, mas a polícia acabou por detê-los a todos - não havendo feridos a registar.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou, esta quarta-feira, que o país se encontra em estado de guerra, na sequência de ações violentas de grupos de crime organizado, que descreve como "terroristas".
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