A comunidade escolar de Seia, que esta quinta-feira sofreu a perda de uma aluna, está a ser acompanhada por uma equipa de psicólogos.
Sérgio Viana, psicólogo na unidade local de Saúde da Guarda acompanha o caso e afirma que esta quinta-feira houve já "intervenção e articulação" de vários profissionais, mas que agora será necessária "uma intervenção mais robusta".
Em declarações à SIC, o psicólogo diz que é necessário "prevenir danos maiores que podem ser vários".
"A intervenção tem de ser no imediato e a curto, médio e longo prazo. Perdeu-se uma vida de forma trágica e envolveu dano para as pessoas que estavam no local", afirmou, firmando intervenção ao nível do "stress pós-traumático e do luto".
"Pode haver manifestações de alguma agressividade. Temos de estar tentos a mudanças do padrão comportamental", frisou ainda.
Mariana Cruz, de 17 anos, morreu esta quinta-feira após embater numa porta de vidro na Escola Secundária de Seia. A jovem terá embatido num vidro que se partiu e provocou um corte grave na zona do tórax.
O segundo-comandante dos Bombeiros Voluntários de Seia, Marco Teixeira, explicou que, à chegada ao local, a equipa pré-hospitalar deparou-se com a aluna caída no chão em paragem cardiorrespiratória.
Foram ativados para o local outros meios de socorro como a ambulância SIV (Suporte Imediato de Vida) de Seia e o helicóptero do INEM, que aterrou no recinto da escola.
A vítima ainda foi transportada de ambulância para o hospital de Seia em manobras de suporte avançado de vida com o apoio da equipa do helicóptero do INEM, mas não foi possível reverter a situação.
As circunstâncias deste acidente ainda estão por apurar e a Polícia Judiciária (PJ) investiga agora, para perceber se se trata de um acidente ou se a jovem foi empurrada.
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