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Presidente da FAP exige que juventude seja tutela do primeiro-ministro

O presidente da Federação Académica do Porto (FAP) exigiu hoje que a pasta da juventude seja da tutela do primeiro-ministro na próxima legislatura, revelando preocupação com o flagelo da emigração jovem em Portugal.

Presidente da FAP exige que juventude seja tutela do primeiro-ministro
Notícias ao Minuto

13:57 - 13/01/24 por Lusa

País Porto

"Lanço o desafio aos líderes dos partidos políticos para que assumam o compromisso de colocar a Secretaria de Estado da Juventude sob tutela do primeiro-ministro. Tem de existir uma Secretaria de Estado da Juventude com peso político para implementar políticas transversais a todas as áreas da governação. Temos de travar este flagelo", avançou hoje à Lusa o presidente da FAP, Francisco Fernandes.

As declarações do presidente da FAP e a sua "extrema preocupação" com a emigração dos jovens em Portugal surge um dia depois de terem sido divulgados pelo Observatório da Emigração dados que indicam que 30% dos jovens nascidos em Portugal estão atualmente a viver no estrangeiro.

Francisco Fernandes adiantou que a FAP fará chegar a todos os partidos políticos um documento com os objetivos para a próxima legislatura, com "propostas concretas" para os atingir, na "promoção da igualdade de oportunidades", para a "valorização do ensino superior" e na "garantia da emancipação jovem.

"Seremos a voz de uma geração que não se resigna", declarou o presidente da FAP.

Para travar o "flagelo" da emigração jovem, a FAP veio hije exigirr que a "juventude fique sobre a alçada do primeiro-ministro" e que seja um "desígnio nacional".

Os números do Observatório da Emigração conhecidos esta sexta-feira refletem uma realidade há muito sentida e são reveladores de "um país que não é para jovens", lamenta o presidente da FAP.

A FAP assinala que, em Portugal, os jovens saem de casa dos pais aos 29,7 anos, quando a média europeia é 26,4. Para esta realidade, muito contribui o desemprego jovem elevado - o quinto maior da União Europeia, e os baixos salários.

Dados recentes mostram que 75% dos jovens ganham menos de 950 euros mensais e, no que respeita ao trabalho qualificado, um jovem com qualificações superiores ganhava, em média, mais 211Euro em 2011, do que em 2022.

"Queremos construir o nosso próprio projeto de vida, mas o país não nos permite. Somos a primeira geração a viver pior do que a anterior. Neste momento, a única solução é mesmo abandonar Portugal em busca de uma vida melhor", disse o líder dos estudantes da federação académica do Porto.

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