A proposta foi apresentada pela CDU, grupo municipal que solicitou a realização da sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, na segunda-feira à noite, para discutir a mobilidade na cidade.
Em causa estão "projetos estruturantes" como a linha Rosa, a linha Rubi e o metrobus (BRT), mas também a linha de Alta Velocidade e as quatro novas linhas de metro, "três das quais se prevê terem intervenção direta no território do município do Porto".
A constituição do grupo de trabalho da Assembleia Municipal para acompanhar estes projetos será apresentada num prazo de um mês, de acordo com a proposta.
Em relação às obras do metro, o deputado Rui Sá, da CDU, considerou "inadmissível" a forma como as que estão no terreno - linha Rosa e metrobus - estão a ser implementadas, demonstrando "um desprezo" pelos cidadãos.
Já o presidente da Câmara do Porto, o independente Rui Moreira, saudou a criação da respetiva comissão, dizendo que o executivo "já não basta".
"Haver uma comissão de acompanhamento da assembleia a mim só ajuda (...) Já não bastamos, já não somos suficientes", referiu, criticando os sucessivos atrasos nas frentes de obra do metropolitano em curso na cidade.
"Acho que no fim vai ficar muito bem, este durante tem sido excessivamente perturbador. Se nos poderem ajudar no durante, ficamos agradecidos", afirmou o autarca independente.
Também o social-democrata Rodrigo Passos teceu críticas à Metro do Porto, dizendo "não acreditar nos planos e cronogramas" de obra apresentados pela empresa.
"A continuar assim a cidade não morre, mas vai ficar muito mais tempo parada no trânsito", considerou.
A par da recomendação da CDU, foi também aprovada, por maioria, uma recomendação do PSD para que sejam promovidas reuniões sistemáticas entre os membros da Assembleia Municipal e a direção da Metro do Porto, "para que as várias forças políticas tenham conhecimento dos vários planos de obras e respetiva prestação de contas", nomeadamente, em relação às linhas Rosa e Rubi e ao metrobus.
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