O protesto dos milhares de polícias pelas ruas de Lisboa em imagens
Os elementos da PSP e da GNR exigem um suplemento idêntico ao atribuído à PJ.
Notícias ao Minuto com Lusa | 23:18 - 24/01/2024© Gerardo Santos / Global Imagens
País Polícias
"Polícias unidos". Milhares de profissionais do setor - de norte a sul do país - estiveram, na noite de quarta-feira, numa manifestação que foi considerada "simpática", "simbólica" e "histórica".
Pelas 18h30 de ontem, iniciou-se uma marcha ordeira entre o Largo do Carmo e a Assembleia da República (AR) - praticamente em silêncio, quase sem bandeiras e palavras de ordem, mas esporadicamente interrompida por palmas, assobios e até os cânticos do hino nacional e das frases 'polícia unida já mais será vencida' e 'a vida dos polícias importa'.
As imagens falam por si. A grandiosa união dos polícias e dos guardas, com 15 mil pessoas, 'inundou' as ruas da Baixa lisboeta e as adjacentes.
Ao longo do percurso da marcha, o trânsito foi cortado pela Polícia Municipal e também não foi visível qualquer força policial fardada.
O protesto continuou durante a madrugada, com mais de 20 polícias a pernoitar no chão, em sacos cama, junto à AR, avançou ainda, na manhã de hoje, a SIC Notícias.
Os 15.000 polícias e guardas acusaram o governo de "negligência e injustiça" e garantem que vão continuar a participar em protestos.
O que está em causa?
Esta manifestação foi organizada pela plataforma composta por sete sindicatos da Polícia da Segurança Pública (PSP) e quatro da Guarda Nacional Republicana (GNR), criada para exigir a revisão dos suplementos atribuídos às forças de segurança e após o Governo ter aprovado o suplemento de missão para as carreiras da PJ, que em alguns casos chegou a um aumento de 700 euros.
Estes profissionais estão há mais de duas semanas em protestos por todo o país numa iniciativa de um agente da PSP em frente à Assembleia da República, em Lisboa, que depois se alargou a todo o país.
"Superou as nossas expectativas"
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, disse à Lusa que a expectativa era "alta", mas "aquilo que se passou é demonstrativo do grau de insatisfação que existe nas forças de segurança" e "superou as nossas expectativas.
O presidente do maior sindicato da PSP garantiu que os protestos vão continuar até que seja dada "uma resposta concreta e efetiva" à principal reivindicação, que é a "paridade com a PJ".
Também o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) afirmou à Lusa que os elementos das forças de segurança vão continuar "a demonstrar o descontentemente" até que o suplemento de risco idêntico à PJ seja atribuído à PSP e GNR, frisando que podem prolongar-se até às eleições legislativas antecipadas de 10 de março.
A manifestação contou ainda com a presença de elementos de outros sindicatos, como guardas prisionais e ASAE.
A plataforma dos sindicatos da PSP e das associações da GNR organizam no dia 31 de janeiro uma outra manifestação no Porto.
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