Os cerca de 800 agricultores e 100 tratores que participaram hoje de manhã numa marcha lenta na Ponte da Chamusca, no distrito de Santarém, decidiram depois dirigir-se para a A23 para cortar a via ao trânsito, segundo informou o Movimento Civil de Agricultores.
No entanto, a GNR cortou o acesso à autoestrada, o que impediu os agricultores de bloquear a via.
Os agricultores reorganizaram-se e, segundo disseram à Lusa, dividiram-se em dois grupos que vão aceder à A23 em carrinhas, por outras vias de acesso, para cortarem o trânsito.
Na zona do Ribatejo e Oeste, o protesto foi concentrado esta manhã na Ponte da Chamusca depois de duas autarquias da região, Barquinha e Entroncamento, terem recusado autorizar manifestações nos seus concelhos.
Ao fim da manhã, cerca de 800 manifestantes, acompanhados por mais de 100 tratores, exibindo faixas e cartazes com frases como "O nosso fim é a vossa fome", "Sem agricultores não há futuro" e "Estão a querer roubar o meu futuro", seguiram para a A23.
Os agricultores estão hoje na rua com os seus tratores, de norte a sul, reclamando a valorização do setor e condições justas, num protesto que está a bloquear várias estradas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.
O movimento, que se apresenta como espontâneo e apartidário, garantiu que os agricultores portugueses estão preparados para "se defenderem do ataque permanente à sustentabilidade, à soberania alimentar e à vida rural".
A A23 - Autoestrada da Beira Interior atravessa os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre e Santarém, ligando Torres Novas à Guarda.
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