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Afinal, diamante "de valor desprezível" oferecido a Calado vale 50.000€

Perícia concluiu que diamante é verdadeiro e vale milhares de euros - o que contrasta com as declarações da defesa do ex-autarca do Funchal, que disse que o se tratava de um "objeto de valor desprezível".

Afinal, diamante "de valor desprezível" oferecido a Calado vale 50.000€
Notícias ao Minuto

23:54 - 06/02/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Madeira

Uma avaliação da Imprensa Nacional Casa da Moeda, com certificação oficial, concluiu que o diamante encontrado durante as buscas ao gabinete de Pedro Calado na presidência da Câmara do Funchal é verdadeiro e está avaliado em 50 mil euros, avança a CNN Portugal

Segundo a estação, esta avaliação, que foi feita em tempo recorde para o processo, já é do conhecimento do juiz de instrução e contraria a versão apresentada pela defesa do ex-autarca. 

Paulo Sá e Cunha havia dito que o diamante, encontrado embrulhado em papel vegetal, numa gaveta, não se tratava de "um diamante genuíno". Era, segundo o advogado, um "diamante sintético", "um objeto de valor desprezível", que tinha sido oferecido durante uma visita à empresa produtora da Zona Franca da Madeira. Miguel Albuquerque também terá recebido um objeto igual.

"Trata de um elemento de uma produção de diamantes sintéticos produzidos por uma empresa da Zona Franca da Madeira, que foi visitada, quer pelo meu constituinte, quer pelo doutor Miguel Albuquerque, em que lhes foi oferecida uma amostra do produto. Não se trata de um diamante genuíno mas de diamante sintético,  sendo que é um objeto de valor desprezível. Está esclarecido o que é", disse o advogado.

Recorde-se que Pedro Calado, ex-presidente da Câmara do Funchal, começou a ser ouvido hoje em tribunal, em Lisboa, no âmbito das suspeitas de corrupção na Madeira, após 14 dias de detenção. O interrogatório teve início após terminadas as inquirições aos dois outros suspeitos, os empresários Custódio Correia e Avelino Farinha, e será retomado na quarta-feira a partir das 09h30.

Só no final de todos os interrogatórios serão conhecidas as medidas de coação.

A Polícia Judiciária (PJ) realizou, em 24 de janeiro, cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias sobretudo na Madeira, mas também nos Açores e em várias zonas do continente, no âmbito de um processo que investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência.

A operação também atingiu o presidente do Governo Regional da Madeira (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, que foi constituído arguido e renunciou ao cargo, o que foi formalmente aceite pelo representante da República na segunda-feira e publicado em Diário da República no mesmo dia.

Na sequência das buscas, a PJ deteve o então presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado (PSD), o líder do grupo de construção AFA, Avelino Farinha, e o principal acionista do grupo ligado à construção civil Socicorreia, Custódio Correia.

Leia Também: Advogado atribui bom desempenho a Pedro Calado no interrogatório

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