Helicópteros com doentes não podem aterrar nos hospitais de Lisboa
Unidades hospitalares aguardam renovação da licença da Autoridade Nacional da Aviação Civil. Para já, os doentes são transportados até ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, e seguem, posteriormente, para o hospital de admissão por ambulância.
© Global Imagens
País INEM
Os hospitais de Lisboa estão sem licenças para que os helicópteros do INEM possam aterrar, avança, esta sexta-feira, o Expresso.
De acordo com este jornal os doentes urgentes estão a ser desviados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada - o único hospital da região que tem um heliporto a funcionar 24h/dia -, obrigando utentes e a equipa clínica a fazer de ambulância o resto do percurso até ao hospital de admissão.
Isto acontece porque a autorização da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que garante o cumprimento dos requisitos da operação, não foi ainda renovada.
Na lista estão os hospitais de Cascais, Loures, Santa Cruz, Santa Maria e Vila Franca de Xira.
A situação acontece numa altura em que o número de helitransportes de doentes está a crescer e em 2023 foram mesmo batidos recordes, uma vez que, segundo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), realizaram-se 1.147 evacuações médicas em helicóptero, o número mais elevado pelo menos dos últimos cinco anos.
O Hospital de Santa Maria está entre as unidades mais procuradas no país e é um dos que agora está impedido de receber estes helicópteros. Ao Expresso, a administração deste que é o maior hospital do país garante que estão em curso os procedimentos necessários para a certificação da licença.
Mas nem só em Lisboa isto acontece. Apenas os hospitais de Braga, Macedo de Cavaleiros, Baltar, Loulé e Pombal estão autorizados a receber helicópteros para voos médicos.
Em resposta ao Expresso, a ANAC realçou que "os operadores dos heliportos são a entidade responsável pela solicitação da referida autorização, devendo, para o efeito, instruir os seus pedidos com os elementos necessários à verificação da conformidade com os requisitos nacionais e internacionais que determinam as condições de segurança necessárias para receber as operações de emergência médica helitransportadas".
Elucida ainda a ANAC que o Governo criou no passado mês de julho um grupo de trabalho “com o objetivo de identificar e monitorizar o cumprimento dos procedimentos tendentes à obtenção de autorização de utilização aplicável aos heliportos hospitalares do SNS e esse grupo ainda não cessou os seus trabalhos, estando em fase de finalização”.
“Considerando os atuais esforços, não foram tomadas medidas sancionatórias”, remata a Autoridade Nacional da Aviação Civil no esclarecimento que concedeu ao semanário.
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