No documento, com nove pontos, o presidente da Câmara de Sesimbra, no distrito de Setúbal, alerta o governo para a "redução do Atendimento Complementar, antigo Serviço de Atendimento Permanente (SAP), desde há mais de uma década e até ao seu quase desaparecimento", e para a inexistência de qualquer resposta de urgência, para além do funcionamento das Unidades de Saúde Familiar (USF), que muitas das vezes também não têm serviço de urgência nas freguesias do Castelo e Quinta do Conde.
O autarca sesimbrense salienta também que a população local está a mais de 30 quilómetros do hospital de referência, Hospital de São Bernardo, em Setúbal, bem como as dificuldades nos transportes públicos, inexistentes no período noturno.
Segundo um comunicado da Câmara de Sesimbra, na carta dirigida ao gabinete do Ministro da Saúde, com conhecimento à Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e Unidade Local de Saúde, o autarca sesimbrense alerta também para a necessidade urgente de "mais médicos de família na Quinta do Conde, freguesia que mais cresceu no país entre 2001 e 2021", e para a necessidade de beneficiação das acessibilidades e das instalações da USF da freguesia do Castelo.
O presidente da Câmara municipal de Sesimbra defende ainda a abertura da nova Unidade de Saúde de Sesimbra, dependente da transferência, em direito de superfície, para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo e a necessidade de mais dois assistentes operacionais para resposta às necessidades atuais das instalações das Unidades de Saúde do concelho.
Francisco Jesus refere ainda a elevada idade das viaturas de serviço, bem como a falta de manutenção de diversos equipamentos e instalações dos serviços de saúde no município de Sesimbra.
De acordo com o comunicado, na missiva, o presidente da Câmara de Sesimbra afirma-se "disponível para encontrar soluções concertadas com a tutela e com a Administração Regional de Saúde", defende que é urgente concluir o processo de abertura da Unidade de Saúde de Sesimbra e recorda que o concelho reúne as condições para ter um Serviço de Urgência Básico há mais de uma década, mas que essa pretensão do município nunca foi satisfeita.
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