Ativistas pintaram frases de protesto nas sedes dos partidos
A Greve Climática Estudantil garante "estar a responsabilizar os partidos pela sua falta de planos para o fim ao fóssil até 2030".
© Fim do Fóssil
País Ativistas
Vários estudantes do movimento Greve Climática Estudantil pintaram, durante esta madrugada desta sexta-feira, frases de protesto nas sedes dos partidos para reivindicar o fim aos combustíveis fósseis. Na sede do Chega não foi escrita qualquer mensagem, tendo coberto a fachada de tinta.
Num comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso, os estudantes garantem "estar a responsabilizar os partidos pela sua falta de planos para o fim ao fóssil até 2030". "Eleições em 2024 dão mandato até 2028. Este é o último mandato para resolver crise climática. Não ter agora um plano para fim ao fóssil até 2030 é condenar o nosso futuro. É condenar milhões à morte", afirmou a porta-voz da ação, Matilde Ventura.
"Eletricidade 100% renovável e gratuita", "Fim ao fóssil 2030" e "Este partido não tem um plano" foram as frases escritas nas sedes partidárias.
Já a fachada do Chega não mereceu nenhuma mensagem política pois "não passa do cão de guarda do sistema fóssil". "O ódio e sistemas de opressão que o partido representa são sintomas do sistema fóssil que coloca o lucro acima da vida, e estão ao serviço dele", disse a jovem, de 20 anos.
Em reação, o secretário-geral do PSD, Hugo Soares, lamentou à Lusa o que qualificou de "ato de vandalismo" e "ataque ao património" na sede situada na rua de São Caetano à Lapa, em Lisboa, de que o partido fará queixa às autoridades policiais.
"Não confundimos vandalismo com ativismo por causas justas, que, aliás, nada têm de defesa do ambiente, porque vamos ter de pintar os muros e os portões da sede, gastando recursos que prejudicam o ambiente", sustentou o dirigente social-democrata.
Sede Nacional do PSD.
— Carlos Nunes Lopes (@carlosnlopes) March 8, 2024
Campanha(s) até ao último dia. Os tempos de Mudança têm sempre destas coisas. pic.twitter.com/7DQUSeetAf
Já a Iniciativa Liberal (IL) e o Partido Comunista Português (PCP) disseram que não foram alvo desta ação. Também à agência Lusa, fonte da Polícia de Segurança Pública disse que a PSP "não teve conhecimento de nada".
Os estudantes consideraram ainda que a inação dos partidos colocam em causa conseguidos com o 25 de Abril. "Em colapso climático não há paz, pão, saúde, habitação ou educação. A democracia é uma luta constante e os partidos estão todos a falhar", referiram ainda os estudantes.
Recorde-se que em novembro, a ação já tinham bloqueado as sedes dos partidos, onde deixaram um plano "para como Portugal poderia cortar 85% das emissões até 2025 e criar 200 mil novos empregos". Os estudantes garantiram ainda que "não vão dar paz" às instituições de poder pela causa.
Veja as imagens na galeria acima.
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