Causa Pública apela ao voto à Esquerda para garantir progresso
A associação Causa Pública apelou hoje ao voto à esquerda nas eleições do próximo domingo, sem indicar qualquer partido e defendendo que aquelas candidaturas têm uma visão comum progressista, contrastantes com a da direita.
© ANDRE DIAS NOBRE/AFP via Getty Images
País Eleições
A associação que reúne várias figuras da chamada esquerda política, como o ex-ministro do PS Paulo Pedroso, a ex-bloquista Ana Drago, o antigo sindicalista Manuel Carvalho da Silva, entre outras, inquiriu os partidos políticos daquele lado do espetro, com representação parlamentar, sobre questões relevantes para o esclarecimento dos eleitores.
"Resulta deste trabalho que há caminhos diferentes e plurais que diferenciam cada proposta concreta de cada partido em relação às várias temáticas. Mas resulta também evidente que há uma visão comum e progressista, assente na busca articulada de uma economia mais solidária e moderna e de uma sociedade mais coesa e com menor desigualdade", apontou a associação, em comunicado.
A Causa Pública considerou que os partidos da esquerda propõem um caminho para o país contrastante com a visão da direita e que, sem uma maioria de esquerda, "esse caminho será posto em causa".
"Se o povo desse uma maioria à direita quando se comemoram os 50 anos do 25 de abril, teríamos todos razões para uma profunda reflexão sobre em que se enganou a esquerda portuguesa e como alterar os seus caminhos", acrescentou, sublinhando que "por agora é tempo de agir para evitar esse cenário".
Para a Causa Pública, o "entendimento com a extrema-direita", que o líder do PSD, Luís Montenegro, rejeitou, "permanece latente e com apoiantes entre os partidos da direita", e qualquer solução governativa encabeçada pelo PSD assenta em "instrumentalizar o papel do Estado, para o pôr ao serviço dos 'mercados' quer na definição de uma estratégia nacional, quer na prestação de serviços básicos e fundamentais, começando pela deturpação do papel do Serviço Nacional de Saúde".
Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar no domingo para eleger 230 deputados à Assembleia da República.
A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.
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