FNE pede "resposta célere" do novo governo aos problemas da Educação
A Federação Nacional da Educação (FNE) pede uma "resposta célere" do novo governo aos problemas mais urgentes que afetam a Educação, lembrando os compromissos assumidos na campanha eleitoral, como a recuperação do tempo de serviço.
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País Federação
Em comunicado enviado para a Lusa, a FNE sublinha que é preciso começar a cumprir os compromissos assumidos pelos partidos políticos durante a campanha eleitoral, entre os quais estão a recuperação do tempo de serviço e medidas para tornar a profissão mais atrativa.
O pagamento das deslocações, a melhoria das condições de trabalho e do bem-estar profissional são outras das reivindicações da federação de sindicatos.
A indisciplina e violência em contexto escolar e o apoio a alunos estrangeiros são outros dos problemas apontados.
As ocorrências criminais nas escolas aumentaram cerca de 9% no último ano letivo, totalizando 3.824, sendo as ofensas corporais, injúrias e ameaças os crimes que mais aumentaram e os mais predominantes, segundo o relatório da Escola Segura da PSP.
No ano letivo de 2022/2023, a polícia registou 3.824 ocorrências: 2.708 de natureza criminal e 1.115 não criminais, tendo a maior parte ocorrido no interior das escolas.
Predominam os crimes de ofensas corporais (1.237) e de injúrias e ameaças (825), tendo sido ainda registados 368 crimes de furto, 137 de vandalismo e dano, 87 de ofensas sexuais, 82 de roubo, 34 de posse e uso de arma e 28 de tráfico de droga.
Apesar do aumento em relação ao ano anterior, o número de ocorrências continua abaixo da média dos últimos 10 anos, que se fixa em 4.570 ocorrências.
No passado ano letivo, a PSP foi responsável pela segurança de 3.149 estabelecimentos de ensino localizados em centros urbanos, onde estudam cerca de 862.700 alunos e trabalham cerca de 150 mil professores e pessoal não docente.
Em reação ao aumento das ocorrências criminais, os diretores escolares alertaram para o facto de os alunos estarem mais nervosos, irrequietos e irritados desde a pandemia da covid-19, defendendo o reforço do apoio psicológico.
Na passada sexta-feira, a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) apelou também ao futuro governo para que ponha em prática as promessas feitas durante a campanha eleitoral, caso contrário os professores admitem retomar os protestos de rua.
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