Moscovo? "Espero que não sirva de pretexto para escalada" na guerra
O primeiro-ministro expressou "total solidariedade para com as vítimas russas, as suas famílias e os seus amigos".
© Getty Images/JOHN THYS
País Ataque em Moscovo
O primeiro-ministro português, António Costa, expressou este sábado "total solidariedade para com as vítimas russas, as suas famílias e os seus amigos", relativamente ao ataque em Moscovo que vitimou, na noite de sexta-feira, mais de 130 pessoas.
Costa considerou em declarações aos jornalistas desde Paris, França, onde realiza o seu último ato oficial no estrangeiro como primeiro-ministro que "qualquer atentado terrorista é algo absolutamente repugnante, condenável, aconteça onde acontecer e seja qual for a motivação".
"Espero [que o atentado] não sirva de pretexto para uma escalada de uma guerra que nunca se deveria ter iniciado. A guerra nunca se deveria ter iniciado e os atentados nunca deveriam ter ocorrido", continuou ainda, sobre eventuais ligações entre o ataque em Moscovo e a invasão russa em grande escala da Ucrânia.
"Os atentados nunca deviam ter ocorrido. Somar-lhes uma reação que sirva de pretexto para escalar a guerra não é boa resposta. A boa resposta é a repressão própria do crime de terrorismo que foi praticado", concluiu.
Pelo menos 133 pessoas foram mortas, segundo as autoridades russas, depois de quatro indivíduos armados terem aberto fogo contra centenas de civis numa sala de concertos num centro comercial nos arredores da capital russa, na sexta-feira.
O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico (EI), que diz ter ocorrido no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão".
O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou a detenção de onze indivíduos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o atentado.
O Presidente russo, Vladimir Putin, condenou hoje o que denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento", e apelou à vingança.
Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.
As autoridades ucranianas negaram qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos EUA disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.
Diversos líderes mundiais têm condenado o atentado e manifestado solidariedade com as vítimas e famílias.
[Notícia atualizada às 18h44]
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