A exigência da resolução do problema da habitação em Portugal, relacionando-o com a imigração dominou a manifestação, na Praça D. João I, com Mário Machado, líder do Grupo 1143 a assinalar que "entraram 800 mil imigrantes no últimos anos [em Portugal] e não se construíram nem 200 mil, nem 300 mil habitações".
"Nós, jovens, não podemos concorrer quando eles [imigrantes] vão aos 20 ou aos 30 para um apartamento e conseguem pagar uma renda de três ou quatro mil euros que nenhum casal consegue pagar", insistiu o responsável pela manifestação.
Desde as 17:00 concentrados na praça, a manifestação chamou a atenção de muitas pessoas, mas pouco depois percebeu-se que havia gente que não estava ali apenas para ver e houve vários desacatos, que a polícia, com uma presença forte, resolveu rapidamente.
Ciclicamente recorrendo a petardos para vincar a sua presença, os manifestantes foram novamente provocados pouco antes de iniciarem a marcha, o que desencadeou uma perseguição da polícia e levou à identificação de uma pessoa, admitindo fonte policial "que possa vir a ser detida".
Cerca das 18:20, a coluna, engrossada com mais cerca de uma centena de pessoas, percorreu as ruas da baixa portuense até se concentrar em frente à Câmara do Porto.
Nessa altura já elementos da Unidade Especial da Polícia haviam retirado cerca de 50 pessoas que protestavam contra os manifestantes da extrema-direita, gritando "fascismo nunca mais".
Da manifestação do Grupo 1153 a resposta surgiu com gritos de "Salazar, Salazar" e "tudo pela nação".
Pelas 19:15, o grupo mantinha-se concentrado na Praça Almeida Garret, diante dos paços do concelho. De acordo com a PSP, a manifestação está autorizada até às 20:00.
Leia Também: Centenas unem-se no Porto contra o fascismo (e solidárias com imigrantes)