Corpos das duas vítimas resgatadas em Tróia levados para Medicina Legal
Os corpos da criança e do adulto encontrados sem vida hoje no mar, após o naufrágio da embarcação em que seguiam, perto de Tróia, Grândola, foram resgatados e levados para os serviços de Medicina Legal de Setúbal.
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País Tróia
Em comunicado divulgado esta tarde, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) indicou que o corpo da criança foi detetado e recuperado por elementos do comando-local da Polícia Marítima de Setúbal.
Quanto ao corpo de um dos três adultos desaparecidos no mar, "foi detetado pela aeronave da Força Aérea Portuguesa, tendo sido recuperado pela embarcação da Polícia Marítima", pode ler-se no comunicado.
Contactado pela agência Lusa, o capitão do Porto de Setúbal e comandante-local da Polícia Marítima, Serrano Augusto, revelou que os dois foram "transportados para os serviços de Medicina Legal do Hospital de São Bernardo, em Setúbal".
O naufrágio da embarcação, na qual seguiam cinco pessoas, tendo uma delas, o timoneiro, de 62 anos, sido resgatado com vida, terá acontecido por volta das 07:00, a cerca de milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Tróia, Grândola (Setúbal), mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta às 10:05.
As outras quatro pessoas que seguiam a bordo, todos do sexo masculino, desapareceram no mar, entre as quais um pai, com "cerca de 45 anos" e o respetivo filho, "de 13 anos", cujo corpo já foi recuperado, disse a AMN.
Inicialmente, o capitão do Porto de Setúbal e comandante-local da Polícia Marítima indicou que o rapaz desaparecido no mar tinha 12 anos.
Os outros dois náufragos são "dois jovens, de 21 e 23 anos", de acordo com a AMN. O comandante Serrano Augusto acrescentou que estes são irmãos -- sem relação de parentesco com o outro pai e filho -, sendo que um deles é o adulto já recuperado sem vida.
Apesar de o responsável da Polícia Marítima de Setúbal ter inicialmente referido que as cinco pessoas eram da zona de Santiago do Cacém, fonte do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alentejo Litoral afiançou entretanto à Lusa que os dois irmãos "eram naturais e residentes em Cadoços, Grândola".
Segundo a AMN, as buscas pelas duas pessoas que ainda se encontram desaparecidas no mar prosseguem e estão a ser coordenadas pelo capitão do porto e comandante-local da Polícia Marítima de Setúbal.
No mar, estão empenhadas uma embarcação da Polícia Marítima de Setúbal e duas embarcações das Estações Salva-vidas de Sesimbra e Sines.
"A efetuar buscas por terra estão ainda elementos da Polícia Marítima, dos Bombeiros Voluntários de Grândola e da GNR da Comporta", acrescentou.
A AMN disse que também colaboram nas buscas drones do Centro de Experimentação Operacional da Marinha (CEOM), um navio da Marinha Portuguesa e uma aeronave da Força Aérea Portuguesa.
O Gabinete de Psicologia da Polícia Marítima foi ativado e encontra-se a prestar apoio.
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