Formato dos exames? Decisão será tomada "esta semana, para não adiar"
O novo ministro da Educação esteve numa escola no Porto, no dia em que arranca o terceiro período escolar.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Ensino
O novo ministro da Educação esteve na escola Rodrigues de Freitas, no Porto, esta segunda-feira, onde participou numa aula sobre o 25 de Abril, juntamente com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no dia em que arranca o terceiro período escolar. Questionado à porta do estabelecimento de ensino sobre a polémica que se tem vindo a instalar sobre o formato escolhido para os meios de avaliação - digital ou em papel -, Fernando Alexandre começou por referir que a questão está a ser avaliada.
"Começámos a semana passada a ouvir os serviços do ministério, esta tarde temos a reunião com os diretores das escolas. Estamos a recolher toda a informação. Mas obviamente, os exames para perfis de avaliação só podem ocorrer se houver equidade entre todos os alunos e, por isso, é preciso garantir todas as condições", explicou aos jornalistas, acrescentando, no entanto, que "é importante dizer que o governo anterior não deixou nenhum plano B".
Segundo o ministro, a questão estende-se a "questões logísticas, como o papel, para realizar os exames, que se for necessário, neste momento não existe". Dessa forma, refere, terão de "tomar a decisão" sobre a forma como essas provas vão decorrer "esta semana, para não adiar mais".
Sobre a possibilidade de os resultados dos exames poderem ser afetados pelo formato em que são feitos, Fernando Alexandre reforçou o compromisso do Governo com a transição digital. "As competências digitais são fundamentais para os alunos, são das competências mais relevantes para o seu futuro profissional. Por isso, o caminho é este, tem de ser feito. Mas obviamente com uma preparação adequada e os meios adequados", elaborou.
Recorde-se que nos últimos meses, têm sido constantes os alertas de professores para a falta de condições para realizar provas digitais: Além de milhares de equipamentos estragados, há problemas de rede de Internet em muitas escolas e faltam informáticos.
O Governo disponibilizou na semana passada 6,5 milhões de euros para comprar novos computadores para substituir os avariados e assim garantir que todos os alunos terão equipamentos para realizar as provas de aferição e exames nacionais do 9.º ano em formato digital, medida que foi insuficiente para levar os docentes desconvocarem a greve.
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