Demissão de Fernando Araújo era expectável, diz bastonário dos Médicos

O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, considerou hoje que era expectável a demissão da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS) e defendeu uma reformulação das competências do órgão.

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© Carlos Pimentel/Global Imagens

Lusa
23/04/2024 20:48 ‧ 23/04/2024 por Lusa

País

Ordem dos Médicos

"Penso que é fundamental manter uma direção executiva do Serviço Nacional de Saúde mas revendo as suas competências", disse o bastonário à Lusa, a propósito da demissão da DE-SNS.

O diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde anunciou hoje que vai apresentar a demissão, em conjunto com a sua equipa, à ministra da Saúde, alegando que não quer ser obstáculo ao Governo nas políticas e nas medidas que considere necessárias.

"Respeitando o princípio da lealdade institucional, irei apresentar à senhora Ministra da Saúde, em conjunto com a equipa que dirijo, o pedido de demissão do cargo de diretor-executivo do Serviço Nacional de Saúde", anunciou Fernando Araújo em comunicado.

Ouvido pela Lusa, o bastonário destacou o que considerou o mérito, a capacidade de trabalho e a entrega e dedicação de Fernando Araújo à causa da Saúde e do SNS, mas acrescentou que era visível que havia visões diferentes entre Fernando Araújo e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, sobre o caminho a seguir no Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente em relação às Unidades Locais de Saúde.

Carlos Cortes considerou fundamental manter uma DE-SNS mas defendeu que as competências devem ser revistas, porque no anterior governo, disse, havia como que uma "liderança bicéfala", porque Fernando Araújo tinha competências que deviam ser do ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

"A ministra tem de ter capacidade para tomar decisões, sobre o Serviço Nacional de Saúde" e a DE-SNS a capacidade de as concretizar, defendeu o bastonário da Ordem dos Médicos.

Leia Também: Direção-executiva do SNS é estrutura "pesada, com poderes excessivos"

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