ASAE apreende 18 toneladas de polvo e pota no valor de 115 mil euros

Estabelecimento submetia o pescado a uma "prática fraudulenta". Além da apreensão, os inspetores instauraram um contraordenação à empresa localizada no distrito de Coimbra.

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Notícias ao Minuto
30/04/2024 15:20 ‧ 30/04/2024 por Notícias ao Minuto

País

Pescado

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) apreendeu cerca de 18 toneladas de polvo e pota aditivados, no distrito de Coimbra, durante uma operação de inspeção direcionada a um estabelecimento industrial para verificação do cumprimento das condições de armazenamento e manipulação de produtos de pesca.

Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, esta terça-feira, a ASAE revela que a apreensão, com valor estimado de 115 mil euros, tinha como destino o circuito comercial nacional e europeu.

Na mesma nota, os inspetores explicam que o pescado em questão foi alvo de uma "prática fraudulenta de imersão em água, sal e aditivos, durante aproximadamente três dias, com a finalidade de aumentar o seu peso".

Com esta 'solução' os tentáculos de pota sofriam uma oscilação entre os 17% e os 42% e o polvo entre os 22% e os 70%.

Dos 17.814 kg de produtos de pesca apreendidos, 238,81 kg de polvo encontravam-se ainda sem marca de identificação do estabelecimento e com a data de consumo ultrapassada há mais de um ano.

Estavam prontos 14.736 kg de tentáculos de pota para serem introduzidos no mercado, com a data de congelação indicada nos rótulos igual à data da aditivação e sem menção da data da primeira congelação, nem informação sobre a adição de água e percentagem de aditivos na rotulagem.

De acordo com a ASAE, também 2.560 kg de tentáculos de pota aditivada e congelada, com rotulagem que indicava data de captura e congelação sem informação sobre a aditivação "transformado com água", bem como a adição de 20% de água. E 280 kg de tentáculos de pota foram encontrados embalados em caixas de cartão, sem a indicação da data de congelação.

Perante isso, além da apreensão das 18 toneladas de pescado, as autoridades determinaram a suspensão imediata da atividade de reacondicionamento de produtos e instauraram um processo de contraordenação por incumprimento das regras relativas às práticas leais de informação sobre os géneros alimentícios, por colocar no mercado produtos de origem animal sem marca de identificação e por falta de requisitos de géneros alimentícios.

Leia Também: Falsos inspetores da ASAE tentam burlar empresários do Baixo Alentejo

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