De acordo com a mesma fonte, foi a ministra Maria do Rosário Ramalho quem tomou a decisão de enviar o resultado da auditoria para o TdC, acrescentando que a auditoria havia já seguido para o Ministério Público ainda durante a governação da ministra socialista Ana Mendes Godinho.
Fonte ligada ao processo garantiu à Lusa que a consultora BDO entregou à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa o relatório final da auditoria.
No início do ano, a instituição havia enviado para o Ministério Público e para o Tribunal de Contas o relatório sobre a auditoria externa feita à Santa Casa Global com dados recolhidos até 31 de janeiro de 2024.
A provedora da SCML, e os elementos da Mesa, foram exonerados em 30 de abril, mantendo-se em funções até à nomeação de nova equipa.
O Governo acusou a ex-provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), Ana Jorge, e os elementos da Mesa, de "atuações gravemente negligentes", que afetaram a gestão da instituição, justificando desse modo a exoneração.
Posteriormente, numa carta enviada a todos os trabalhadores, Ana Jorge acusou o Governo de a ter exonerado de "forma rude, sobranceira e caluniosa" e que foi apanhada de surpresa.
Ana Jorge tomou posse em 02 de maio de 2023, escolhida pelo anterior Governo socialista de António Costa, e herdou uma instituição com graves dificuldades financeiras, depois dos anos de pandemia e de um processo de internacionalização dos jogos sociais, levado a cabo pela administração do provedor Edmundo Martinho, que poderá ter causado prejuízos na ordem dos 50 milhões de euros.
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