Médico questiona utente sobre localização de lipoma e opera lado errado

A doente continua com o lipoma por operar, mas tem, agora, "dores em ambas as partes".

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Notícias ao Minuto
09/05/2024 17:37 ‧ 09/05/2024 por Notícias ao Minuto

País

Oeiras

Uma utente do Hospital da Luz – Oeiras que foi alvo de uma pequena cirurgia para retirar um lipoma do lado direito “da região nadegueira superior” foi, ao invés, operada ao lado esquerdo, depois de ter sido questionada quanto à localização da lesão e apontado para o sítio errado, devido ao seu “estado ansioso”. Sucede que a doente continua com o lipoma por operar, mas tem “dores em ambas as partes”.

“Vim realizar uma pequena cirurgia para retirar um lipoma na vertente direita da região nadegueira superior. Quando entrei na sala de tratamentos, o médico pediu-me para indicar o sítio que era suposto operar. Eu estava em estado ansioso e indiquei o sítio errado. O médico evidentemente não leu o meu exame antes de abrir a parte errada. Ele retirou algo da parte esquerda […], eu tenho ainda o lipoma na parte direita e neste momento tenho dores em ambas as partes […]”, apontou a utente, numa denúncia revelada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

A cirurgia ocorreu a 30 de maio de 2023, sendo que, conforme as diligências da ERS, a “’[l]esão excisada não corresponde a lateralidade da lesão identificada ecograficamente’, tendo a utente assinado um consentimento informado que não identificava a lateralidade da intervenção”.

“E, pese embora, no caso sub judice, os ‘resultados de anatomia patológica [tenham] confirma[ado] que a lesão excisada à esquerda corresponde a tecido adiposo compatível com lipoma/lipomatose’, não se pode olvidar que a falha ocorrida encerra, mesmo que em abstrato, o potencial de produzir um grave impacto na qualidade e segurança dos cuidados de saúde prestados”, elencou a entidade.

Nessa linha, a ERS emitiu uma instrução à unidade hospitalar, para que esta garantisse “em permanência, que, na prestação de cuidados de saúde, são respeitados os direitos e interesses legítimos dos utentes, nomeadamente, o direito aos cuidados adequados, tecnicamente mais corretos, com humanidade e prontidão”, além de “assegurar, a todo o momento, a qualidade e a segurança dos cuidados de saúde prestados, garantido a inclusão/identificação da lateralidade dos procedimentos propostos no formulário de consentimento informado assinado pelos(s) utente(s)”.

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