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Especialistas alertam para risco de "polarização" e "desinformação"

Portugal viveu, até agora, uma polarização baixa, quase sem campanhas de desinformação, mas investigadores do observatório Iberifier alertam que há agora motivos preocupantes pelo risco da utilização das redes sociais por partidos pequenos e radicalizados.

Especialistas alertam para risco de "polarização" e "desinformação"
Notícias ao Minuto

07:46 - 15/05/24 por Lusa

País Iberifier

E estes pequenos partidos "podem adotar estratégias de longo alcance baseadas na desinformação", adverte o Iberifier no seu relatório "Padrões de consumo de desinformação em Portugal e Espanha", hoje anunciado.

Os investigadores anotam que Portugal, "apesar da polarização ser historicamente baixa e de haver ausência de campanhas de desinformação intencionais, deliberadas e generalizadas, há razões para preocupação devido a um cenário de redes sociais dominado por pequenos partidos mais radicalizados que podem adotar estratégias de longo alcance baseadas na desinformação".

São as "faixas mais jovens que revelam maior afastamento das notícias e, em particular, os menos instruídos" e estas "condições podem estar a contribuir para a polarização da sociedade" portuguesa, lê-se ainda no relatório.

Segundo os dados sobre confiança nas notícias, em 2015, 60% dos jovens portugueses em idades compreendidas entre 18 e 24 anos confiavam nos media, valor que subiu para 65% na faixa etária 25-34 anos.

Em 2023, estas percentagens recuaram, para 52% na faixa etária 18-24 anos e 48% entre os 25-34 anos, onde se regista o valor mais baixo.

"Os comportamentos negativos em torno das notícias, como o evitar ativo de notícias e a perda de interesse, são mais prevalecentes não só entre os mais jovens, mas em particular entre os mais pobres e os menos instruídos, um aspeto que acreditamos ter particular impacto no potencial crescimento da polarização em ambos os países", de acordo com o documento.

O Iberifier integra 23 centros de investigação e universidades ibéricas, as agências de notícias portuguesa, Lusa, e espanhola, EFE, e 'fact checkers' como o Polígrafo e Prova dos Factos - Público, de Portugal, e Maldita.es e Efe Verifica, de Espanha.

Leia Também: Jovens portugueses entre 25 e 34 anos são quem menos confia nas notícias

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