BE desafia PS, IL e Livre a condenar Alemanha por enviar armas a Israel
A cabeça de lista do BE às eleições europeias anunciou hoje que pretende propor no Parlamento Europeu a condenação do governo alemão por fornecer armas a Israel e desafiou PS, IL e Livre a aprovar esta "sanção política".
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Catarina Martins
"Quero propor que o Parlamento Europeu condene o governo alemão, que é o segundo fornecedor de armas a [Benjamin] Netanyahu. Essa sanção política mostraria que a União Europeia não aceita que um governo europeu continue a ajudar Netanyahu na sua política de morte", propôs Catarina Martins.
A candidata bloquista falava num comício de campanha para as europeias de domingo na cidade do Porto, considerando que a aprovação desta sanção "seria a forma mais imediata de parar esse envio de armas", esperando que "os parceiros de socialistas, verdes e liberais alemães" apoiem a proposta.
"Seja qual for o resultado destas eleições, Marta Temido, Francisco Paupério, Cotrim de Figueiredo, a vossa voz é necessária, façam ouvir-se. Façam ouvir uma voz junto dos partidos da vossa família política para parar o genocídio. O genocídio tem a cumplicidade do governo alemão, façam-se ouvir", desafiou, uma vez que o Governo alemão é formado pelo Partido Social Democrata (SPD), liberais, e Verdes.
Na sua intervenção, que sucedeu à do antigo coordenador Francisco Louçã, Catarina Martins defendeu que "a guerra infinita tornou-se a bandeira das direitas e dos seus cúmplices".
"Para os criminosos de guerra, a guerra é uma doutrina, política, forma de limpeza étnica e social. A matança é o seu primeiro e último argumento", criticou.
No dia em que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu que está na altura de Portugal reconhecer "de imediato" o Estado da Palestina, Catarina Martins disse ter registado a posição do socialista.
"Mesmo quem duvidou, com a guerra em direto a chegar todos os dias, não há quem não perceba o que está a acontecer. Eu registo que o PS, que dizia até há pouco que reconhecer o estado da Palestina só quando viesse o tempo certo, não se sabe qual seria, finalmente hoje disse que era necessário reconhecer imediatamente o estado da Palestina. Ainda bem, o governo português deve fazer o mesmo", defendeu.
Catarina Martins disse ainda que "se há decência na Aliança Democrática, também deviam apoiar" esta iniciativa.
"Eu ouvi, e Sebastião Bugalho há de ter ouvido também, [Jorge] Moreira da Silva, dirigente do PSD que foi candidato a líder do PSD e que é hoje sub-secretário-geral da ONU, a contar o que viu quando visitou Gaza nesta guerra: uma catástrofe humanitária sem precedentes", lamentou.
Catarina Martins disse querer "a lei que são os direitos humanos" e defendeu que a União Europeia deve "parar a cumplicidade do governo alemão como criminoso de guerra".
[Notícia atualizada às 6h33 de 5 de junho]
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