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Candidato da Madeira em lugar não elegível? É "um retrocesso"

O presidente do Governo da Madeira, o social-democrata Miguel Albuquerque, considerou hoje que a colocação do um candidato da região autónoma pela primeira vez num lugar não elegível é "um retrocesso" na posição "inteligente" do partido.

Candidato da Madeira em lugar não elegível? É "um retrocesso"
Notícias ao Minuto

13:53 - 09/06/24 por Lusa

País Eleições Europeias

"Não é um retrocesso na autonomia, é um retrocesso naquilo que era a posição inteligente e perspicaz do PSD durante muitos anos, fez sempre questão de ter os representantes das ultraperiféricas no Parlamento Europeu", disse o chefe do executivo madeirense aos jornalistas após ter exercido o seu direito de voto na escola da Ajuda, no Funchal.

A candidata do PSD/Madeira, Rubina Leal, figura em novo lugar da candidatura do partido nas Eleições Europeias que hoje decorrem.

Apesar desta situação, o também líder social-democrata insular, assegurou que a estrutura esteve empenhada na campanha eleitoral, "como sempre", salientando a importância dos madeirenses votarem "uma vez que a União Europeia tem sido, aliás como é constatável e verificável, muito importante para o desenvolvimento da região autónoma".

Miguel Albuquerque destacou ser necessário "iniciar já as diligências para a negociação do próximo quadro europeu", defendendo a importância de ser mantidas as especificidades das regiões autónomas e o princípio da coesão económica e social.

"Ou seja, o Fundo de Coesão tem de continuar a assegurar a igualdade de oportunidades e o desenvolvimento harmonioso entre todos os europeus", sublinhou.

O governante insular argumentou que "as regiões ultraperiféricas têm uma grande mais-valia para a União Europeia" na sua projeção geopolítica no Atlântico, Índico, Caraíbas e América do Sul, além de deterem 90% da biodiversidade da Europa e terem "quase seis milhões de habitantes que merecem ser consideradas e as especificidades serem salvaguardadas".

Albuquerque complementou que "isso até agora foi garantido através do Fundo de Coesão", sendo imprescindível "manter os valores" financeiros, tendo em conta especificidades destes territórios insulares.

"E há um conjunto de fundos que têm de continuar a ser canalizados para estas regiões, uma vez que são regiões que não têm escala, estão na periferia da Europa e precisam de continuar a ter a solidariedade da União Europeia", enfatizou.

Apelando ao voto, o líder regional destacou que a União Europeia "é um projeto de grande sucesso" que, no seu entender "está sob ameaça dos radicalismos, dos demagogos, dos charlatães, dos mentirosos compulsivos".

"É de facto um projeto de grande sucesso ao longo de quase 80 anos. É um projeto de solidariedade, de consolidação da cooperação entre os povos europeus", reforçou, adiantando que "tem assegurado a paz na Europa e a prosperidade e solidariedade entre os povos europeus".

Segundo o presidente do Governo Regional, a Europa tem "grandes desafios pela frente", enunciando "o combate aos radicalismos, à propagação do ódio, aos charlatães e à ignorância, a profusão da ignorância", a necessidade de "assumir uma posição de crescimento económicos e a reindustrialização" para não perder a posição competitiva, assim como a "reorganização da defesa comum uma vez que não conta neste momento com o chamado apoio dos americanos como acontecia desde a guerra fria"

As eleições europeias realizam-se hoje em Portugal, sendo disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP.

Pela primeira vez, é possível votar sem ser na mesa de voto habitual, bastando apresentar um documento de identificação oficial com fotografia atualizada junto de qualquer assembleia de voto.

Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são hoje chamados às urnas para escolher 21 dos 720 eurodeputados do Parlamento Europeu.

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