Rui Rocha falava aos jornalistas em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, após o discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no final das cerimónias do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O presidente da IL referiu-se a recentes posições assumidas pelo chefe de Estado e afirmou que o seu partido exige "reparações aos portugueses que têm queixas de Portugal".
"Na tragédia dos incêndios florestais de 2017 [em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos], houve uma falha a vários níveis que nunca deveria ter acontecido. Sabemos como, nos anos seguintes, o Estado Português continuou a falhar a este território, a esta população e às vítimas da tragédia, porque muito pouco do prometido foi feito", sustentou Rui Rocha.
Na perspetiva do líder da Iniciativa Liberal, quando o Presidente da República fala na necessidade de reparações, "são as reparações para as zonas do interior com que o país se deve preocupar".
"Um exemplo são as questões das comunicações, já que este território continua com zonas sombra. Esse foi um dos fatores negativos que condicionou muito o que aconteceu nessa tragédia", apontou.
O presidente da IL insistiu depois na tese de que "são exigidas reparações a um país esquecido, que fica muitas vezes para trás e que não corresponde àquilo que as suas populações desejam".
"São essas reparações que é preciso salientar neste Dia de Portugal. Este é um projeto coletivo. Esse é o país que precisamos de construir. Estamos perante um problema de falta de vontade política ao longo destes últimos anos", acrescentou.
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