O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi esta segunda-feira confrontado em Coimbra por um grupo de manifestantes pela Palestina.
Marcelo deslocou-se àquela cidade a propósito do Dia de Portugal, que se celebra esta segunda-feira, mas foi confrontado pelo grupo que se encontra acampado há três semanas junto à universidade.
Ao contrário do que tinha acontecido momentos antes com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, o chefe de Estado foi ter com eles.
Durante cinco minutos, começou por ouvir um dos organizadores da manifestação exigir o imediato reconhecimento diplomático de Portugal do Estado Palestiniano e o "fim da cumplicidade da Universidade de Coimbra" com o Estado de Israel e o "massacre" do povo palestiniano.
"Isto não é um conflito, é uma limpeza Étnica", lia-se num dos cartazes. Noutros, podiam ver-se imagens de Gaza com montagens de Marcelo Rebelo de Sousa a tirar selfies.
A certo ponto, o Presidente pediu a palavra dizendo aos jovens que Portugal, "pela primeira vez", votou favoravelmente para a admissão da Palestina como membro da assembleia-geral da ONU.
Depois, Marcelo Rebelo de Sousa realçou que "Portugal tinha acabado de assinar, entre outras declarações, uma a favor do cessar-fogo". "Já tinha tomado posição e agora defende que se leve às Nações Unidas uma resolução assinada por inúmeros países de vários continentes", afirmou.
Um dos manifestantes voltou a pegar no microfone e agradeceu a atenção que lhes foi dedicada pelo Presidente da República.
Note-se que Marcelo Rebelo de Sousa afirmou recentemente que Portugal tem sido “muito claro” na defesa da solução de dois povos, dois Estados, mas entende, “como um todo”, que este ainda “não é o momento adequado” para o reconhecimento da Palestina.
[Notícia atualizada às 18h37]
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