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"Governo não pode obrigar oposições sem vontade política" a dialogar

O chefe do Governo recordou ter sido o único candidato durante a campanha eleitoral para as Legislativas a assumir que só governaria se ganhasse, ainda que tenha confessado não gostar de "estar a colher frutos e fazer autoavaliações".

"Governo não pode obrigar oposições sem vontade política" a dialogar
Notícias ao Minuto

16:23 - 13/06/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Governo

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou, esta quinta-feira, que o Executivo “não pode obrigar as oposições que não têm vontade política de materializar esse diálogo em convergência”, ao mesmo tempo que recordou ter sido o único candidato durante a campanha para as eleições Legislativas a assumir que só governaria se vencesse.

“O Governo tem dialogado sempre com as oposições. O Governo não pode obrigar as oposições que não têm vontade política de materializar esse diálogo em convergência. Não se confunda isto com arrogância; assuma-se que é pura responsabilidade. Mesmo que não haja convergência, nós vamos governar. Fomos escolhidos para isso”, disse, a propósito das declarações do secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, que apontou que o Executivo “precisa também de querer envolver o Parlamento e a oposição”.

Já quanto às considerações da líder parlamentar do PS, Alexandra Leitão, que questionou no plenário da Assembleia da República se a intenção do Governo é "continuar a apresentar autorizações legislativas" em vez de ir ao parlamento "apresentar propostas de lei", Montenegro mostrou-se pragmático, tendo indicado que “o essencial é resolver os problemas das pessoas”.

“Diria que isso é uma visão excessivamente tecnocrática da política. […] O essencial é resolver os problemas das pessoas, o essencial é dar resposta às necessidades do país, e isso é governar, isso é a responsabilidade do Governo, essa é a minha responsabilidade”, disse.

O chefe do Governo recordou ainda ter sido o único candidato durante a campanha eleitoral para as Legislativas a assumir que só governaria se ganhasse, ainda que tenha confessado não gostar de “estar a colher frutos e fazer autoavaliações”.

“Não gosto de ter razão antes do tempo e também não gosto de estar a colher frutos e fazer autoavaliações, mas lembram-se da campanha eleitoral? Só houve um candidato que assumiu que só governaria se ganhasse as eleições. Esse candidato é hoje primeiro-ministro. Só é primeiro-ministro porque ganhou eleições e disse que queria que fosse assim para estar legitimado a decidir em nome da vontade popular. É isso que estamos a fazer”, rematou.

No âmbito da visita à Feira Nacional da Agricultura, Montenegro também anunciou que o Governo vai aprovar na sexta-feira, no Conselho de Ministros, um projeto intitulado 'A água que une', que tem como objetivo potenciar a boa utilização da água e o seu armazenamento.

"Este é um projeto de planeamento estratégico deste recurso, potenciando o seu armazenamento, a sua boa utilização e a sua conciliação entre todas as formas de utilização, seja para a agricultura, para o turismo ou para o consumo humano", explicou.

Montenegro destacou ainda a colaboração que tem havido entre o Ministério da Agricultura e das Pescas e o Ministério do Ambiente e da Energia, referindo que "na união de esforços entre estes dois ministérios nascem estratégias que vão resolver os reais problemas das pessoas".

Recorde-se que o PS foi o partido mais votado nas eleições Europeias, tendo obtido 32,1% dos votos e oito eurodeputados. Já a Aliança Democrática somou 31,1% e sete mandatos.

[Notícia atualizada às 17h57]

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