"A autarquia decidiu decretar três dias de luto municipal [segunda-feira, terça-feira e quarta-feira] pela morte do mestre Cargaleiro", confirmou à agência Lusa Leopoldo Rodrigues.
O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro morreu hoje, aos 97 anos, e o autarca de Castelo Branco realçou o trabalho do artista plástico que considerou "uma figura maior da cultura nacional e da cultura albicastrense".
Foi em Castelo Branco que o mestre Manuel Cargaleiro decidiu criar, em 1990, a a sua fundação com fins de natureza cultural, artística e pedagógica.
A fundação tem por principal objetivo a criação, organização e administração do Museu Cargaleiro, como forma de estudar, investigar, conservar, divulgar e dinamizar o acervo artístico da coleção da Fundação Manuel Cargaleiro.
Leopoldo Rodrigues anunciou também para breve a abertura de um terceiro polo do Museu Cargaleiro em Castelo Branco, situado nas antigas instalações da GNR.
Há cerca de dois anos, cerca de 1.900 peças de arte em cerâmica, avaliadas em 1,2 milhões de euros, foram doadas pelo artista português Manuel Cargaleiro à sua Fundação, sediada em Castelo Branco.
Manuel Alves Cargaleiro nasceu em 16 de março de 1927, em Chão das Servas, Vila Velha de Ródão, e a fundação criada pelo pintor e ceramista português para gerir as suas obras tem a sede em Castelo Branco desde 2010.
Em abril, Manuel Cargaleiro doou à Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, concelho de onde é natural, uma tela alusiva aos 50 anos do 25 de Abril.
"Festa da Gratidão" foi o título escolhido pelo autor e pelo autarca de Vila Velha de Ródão, Luís Pereira, para a pintura que evoca os sentimentos que a Revolução dos Cravos desperta no pintor, que completou 97 anos em março.
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