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Presidente da República assina luto nacional por Manuel Cargaleiro

Luto nacional será respeitado no dia 2 de julho.

Presidente da República assina luto nacional por Manuel Cargaleiro
Notícias ao Minuto

19:10 - 01/07/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

País Presidente da República

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou o decreto do Governo que fixa um dia de luto nacional pela morte do artista plástico Manuel Cargaleiro, que morreu no domingo aos 97 anos.

"O Presidente da República assinou o Decreto do Governo que fixa um dia de luto nacional pelo falecimento de Mestre Cargaleiro, que será respeitado amanhã, dia 2 de julho, dia das exéquias do grande artista português", lê-se numa nota divulgada no site da Presidência.

Recorde-se que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, tinha anunciado que o Governo ia decretar um dia de luto nacional para o dia das cerimónias fúnebres do artista plástico. 

"Em acordo com Sua Excelência o Presidente da República, o Governo vai aprovar a declaração de luto nacional no dia em que se realizem as exéquias de Manuel Cargaleiro", anunciou Luís Montenegro.

Manuel Cargaleiro morreu ontem, em Lisboa, aos 97 anos. Segundo disse à agência Lusa a sua mulher, Isabel Brito da Mana, o artista "morreu tranquilo, rodeado pelos seus, adormeceu".

As exéquias terão início dia 2 de julho às 12h00 horas, com celebração de Missa de Corpo Presente na Igreja de São Tomás de Aquino, em Lisboa. O funeral será reservado à família.

O artista plástico nasceu em 16 de março de 1927 em Chão das Servas, no concelho de Vila Velha de Ródão, no distrito de Castelo Branco.

A sua obra foi fortemente inspirada no azulejo tradicional português. Em 1949, ingressou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e participou na Primeira Exposição Anual de Cerâmica, no Palácio Foz, em Lisboa, onde realizou a sua primeira exposição individual de cerâmica, no ano de 1952.

No início de carreira, ainda na década de 1950, recebeu o Prémio Nacional de Cerâmica Sebastião de Almeida, e o diploma de honra da Academia Internacional de Cerâmica, no Festival Internacional de Cerâmica de Cannes, em França, numa altura em que iniciara funções de professor de Cerâmica na Escola de Artes Decorativas António Arroio e apresentara as suas primeiras pinturas a óleo no Primeiro Salão de Arte Abstrata.

Nas décadas de 1960 e 1970, participou em exposições individuais e coletivas e durante este período afirmou-se não apenas como conceituado ceramista, mas também como desenhador e pintor. Nos anos 1980 começou a explorar a tapeçaria.

A partir da década de 90, predominariam na sua obra os padrões aglomerados e cromaticamente intensos onde continuaria a ser evocado o azulejo português.

Em Castelo Branco, viria a ser inaugurada a Fundação Manuel Cargaleiro, em 1990, depois expandida com o respetivo museu e mais tarde, no Seixal (Setúbal), a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro.

O ceramista recebeu, em Paris, em 2019, a medalha de Mérito Cultural do Governo português e a Medalha Grand Vermeil, a mais alta condecoração da capital francesa, onde viveu grande parte da sua vida.

Na altura, foi também inaugurada a ampliação da estação de metro de Champs Elysées-Clémenceau, com novas obras de Manuel Cargaleiro, depois de originalmente concebida e totalmente decorada pelo artista português, em 1995, incluindo o painel em azulejo "Paris-Lisbonne".

Leia Também: Já se conhecem os detalhes das cerimónias fúnebres de Manuel Cargaleiro

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