O ciclo, promovido pelo quarto ano consecutivo pela Companhia da Chanca, arranca no fim de semana e estende-se até setembro, numa edição em que são desafiados agentes culturais "que desenvolvem o seu trabalho à margem dos grandes centros urbanos e dos maiores polos culturais", afirmou aquela estrutura cultural sediada no concelho de Penela, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Os espetáculos vão decorrer durante todos os fins de semana de julho, 02 e 31 de agosto e de 18 a 22 de setembro, procurando assegurar "experiências artísticas democráticas" às populações de pequenas localidades do concelho.
O ciclo arranca com um concerto da N-Semble da Sociedade Filarmónica Penelense, na aldeia das Cerejeiras, no domingo, voltando a atuar a 09, no Espinhal.
Posteriormente, a Companhia da Chanca vai realizar cineconcertos ao ar livre em Fetais Cimeiros, São Sebastião e Penela, entre julho e agosto.
No Espinhal, haverá dois encontros com realizadores, em julho, com Tiago Pereira, que apresenta o filme 'Onde está o Zeca?', e David Rebordão, que leva até àquela vila cinco curtas da sua autoria, incluindo 'A Curva', obra que se tornou viral há cerca de 20 anos.
Ainda durante o mês de julho, a companhia de Oliveira do Bairro We Tum Tum, um grupo que cria música "ao vivo com malabarismo e objetos do dia-a-dia", apresenta 'CRASSH_DuoCircus', no Espinhal e na Chanca.
No último fim de semana de julho, a companhia Peripécia Teatro, da aldeia de Adoufe, Vila Real, apresenta um espetáculo concebido a partir de máscaras de madeira do Carnaval de Lazarim, e, já em agosto, a coreógrafa Carlota Lagido vai apresentar o espetáculo 'Atlas', em Alfafar, localidade de Penela onde criou a associação Lugar do Meio.
O ciclo encerra com o 'clown' belga Joseph Collard, que apresenta, de 18 a 22 de setembro, o espetáculo "Zic-zag".
"Collard foi artista do Cirque du Soleil e o seu espetáculo a solo já correu a Europa, Canadá, Brasil e Japão. Aos 70 anos, Collard é reconhecido como um mestre do humor visual", salientou a Companhia da Chanca, referindo que o espetáculo irá percorrer instituições e freguesias do concelho.
A Companhia da Chanca é dirigida por André Louro e Catarina Santana, artistas que se mudaram para a Chanca em 2015, onde criaram aquela estrutura cultural.
O ciclo é coproduzido com a Casa Família Oliveira Guimarães, de Espinhal, e conta com o apoio da Direção Geral das Artes, da Câmara de Penela e das juntas de freguesia do concelho.
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