Na quarta-feira, o primeiro-ministro português participará no jantar oferecido pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, aos chefes de Estado e de Governo que estarão na cimeira da NATO, e que se realizará na Casa Branca.
A cimeira, que decorre entre terça e quinta-feira, vai realizar-se na capital norte-americana e assinalará os 75 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, sigla em inglês), na mesma cidade onde, em 1949, doze países - incluindo Portugal - assinaram este tratado para assegurar a sua defesa coletiva.
De acordo com o programa provisório da deslocação do primeiro-ministro aos Estados Unidos, Montenegro chegará ao início da tarde de terça-feira a Washington (15:20 locais, 20:20 de Lisboa) e participará de imediato na cerimónia de comemoração do 75.º aniversário da NATO, na qual estão previstos discursos do secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, e do Presidente Joe Biden.
Na terça-feira, o chefe do Governo tem ainda previsto um jantar na residência oficial de Portugal em Washington.
Na quarta-feira, Montenegro, acompanhado pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, participa na cerimónia de cumprimentos oficiais pelo secretário-geral da NATO e pelo presidente dos Estados Unidos aos chefes de Estado e de Governo presentes em Washington e na reunião do Conselho do Atlântico Norte, o principal organismo de decisão política dos aliados.
Montenegro seguirá depois, acompanhado pela mulher, para o jantar na Casa Branca oferecido aos chefes de Estado e de Governo e, segundo o programa divulgado pela NATO, haverá jantares separados para os ministros dos Negócios Estrangeiros presentes em Washington - oferecido pelo secretário de Estado norte-americano Antony Blinken -, na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, e para os ministros da Defesa em Forte McNair, uma das mais antigas bases do Exército norte-americano.
No último dia da Cimeira da NATO, Montenegro, Rangel e Nuno Melo participarão em nova reunião do Conselho do Atlântico Norte, esta com os parceiros do Indo-Pacífico e da União Europeia, a que se seguirá uma da Comissão NATO-Ucrânia (NUC).
Em 2024, são já 32 os Estados membros da NATO - os mais recentes são a Finlândia e a Suécia, que se juntaram já durante a guerra da Rússia contra a Ucrânia - e que deverão estar representados ao mais alto nível em Washington.
A cimeira que assinala os 75 anos da NATO será também a última do atual secretário-geral, Jens Stoltenberg, que terá como sucessor o ex-primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.
Sob a liderança do norueguês Stoltenberg, que se iniciou em 01 de outubro de 2014, a NATO ganhou quatro novos membros ao passar a integrar Montenegro (2017), Macedónia do Norte (2020), Finlândia (2023) e Suécia (2024).
O secretário-geral da NATO traçou três tópicos centrais para a Cimeira de Washington: impulsionar a defesa dos Estados membros e a dissuasão aliadas; apoiar os esforços da Ucrânia para se defender, que apontou como "a tarefa mais urgente" da Aliança Atlântica; e continuar a fortalecer as parcerias globais da NATO "especialmente no Indo-Pacífico", tendo convidado para a reunião os líderes da Austrália, Japão, Nova Zelândia e da Coreia do Sul.
O pacote de apoio à Ucrânia - que deverá fixar uma ajuda anual dos aliados de 40 mil milhões de euros por ano - implicará ainda que a NATO assuma a tarefa de coordenar a ajuda militar que este país recebe para se defender da invasão russa, bem como as iniciativas de treino das suas forças, através de um comando liderado por um general de três estrelas e com cerca de 700 pessoas a trabalhar numa sede da NATO na Alemanha.
Portugal é um dos 12 países da Europa e da América do Norte que fundaram a NATO em 1949.
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