Professores saúdam vinculação, mas alertam que não chega

A Federação Nacional da Educação (FNE) saudou hoje a vinculação de mais de 6.000 professores, mas alerta que não põe fim à precariedade no setor e fica aquém das necessidades das escolas.

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Lusa
13/07/2024 16:40 ‧ 13/07/2024 por Lusa

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Professores

"Sendo números muito significativos, que não deixam de refletir a dimensão excessiva da precariedade existente na profissão, ainda assim estão muito aquém das reais necessidades das escolas", escreve a FNE em comunicado.

 

As listas de colocação de professores foram divulgadas sexta-feira à noite na página na internet da Direcção-Geral da Administração Escolar (DGAE) e os docentes foram informados dos resultados através de uma mensagem para o telemóvel.

De acordo com as contas da FNE, 6.612 professores contratados conseguiram lugar nos quadros do Ministério da Educação, no âmbito do concurso externo.

"Somando aos quase 8.000 que ingressaram em 2023, permite registar que, no período de um ano, vinculassem mais de 15 mil docentes", refere o comunicado.

Apesar de positivo, o número é ainda insuficiente, alerta a FNE: "Uma escola de qualidade não é compaginável nem com a falta de docentes, nem com o recurso sistemático a candidatos sem as devidas habilitações profissionais".

Por outro lado, a organização sindical sublinha também que a possibilidade de transferência de cerca de 35 mil docentes, através do concurso interno e que permite que milhares de professores se aproximem de casa, vai representar desafios acrescidos para as escolas no próximo ano letivo.

Após a publicação das listas, os candidatos colocados são obrigados a aceitar a colocação na aplicação informática para o efeito entre os dias 12 e 18.

A não aceitação do determinado na lista definitiva implica a "anulação da colocação e a instauração de processo disciplinar aos docentes de carreira", alertou a DGAE.

A lista de colocações aplica-se a educadores de infância, professores do ensino básico e professores do ensino secundário.

Leia Também: Fenprof pede ao Parlamento a revisão de lei que está a reduzir as pensões

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