Donald Trump ficou ferido, no sábado, após ser baleado numa orelha enquanto discursava num comício em Butler, no estado norte-americano da Pensilvânia, durante o qual morreram duas pessoas, incluindo o autor dos disparos.
O ex-presidente dos Estados Unidos foi retirado do palco e levado para um carro blindado. No momento em que foi transportado, ergueu o punho, sob os aplausos dos seus apoiantes, e gritou: "Mantenham-se firmes".
Duas pessoas - um dos participantes do comício e o alegado atirador - morreram e outras duas ficaram feridas e foram hospitalizadas. O FBI está agora a investigar o tiroteio como uma tentativa de assassinato do ex-presidente norte-americano.
O atacante, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi abatido segundos depois por um atirador dos Serviços Secretos.
"Vil, preocupante, cobarde". As reações dos políticos portugueses ao ataque a Trump
As reações de condenação ao ataque não se fizeram esperar e as figuras políticas portuguesas manifestaram-se contra o sucedido, considerando-o "vil", "ignóbil" e "cobarde".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, expressou "a sua mais viva condenação ao atentado a Donald Trump", enviou "condolências à família da vítima mortal" e desejou rápidas melhoras a "todos os afetados".
Marcelo deixou ainda um apelo ao combate da "violência política com toda a firmeza e em pleno respeito pelos valores democráticos".
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, condenou "veementemente o atentado" e desejou a Trump um "pronto restabelecimento".
"A violência política é completamente intolerável e as democracias têm de a combater sistematicamente", escreveu Luís Montenegro, na rede social X.
O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) português, Paulo Rangel, revelou preocupação com "atos de violência política", considerando que há uma "subida muito preocupante de níveis de violência política na sociedade internacional".
"Estamos perante uma certa frequência de agressões, de atos de violência política que, nas últimas décadas, estavam banidos", declarou Rangel.
Já Nuno Melo, ministro da Defesa Nacional, referiu que "a tentativa de assassinato de Donald Trump, candidato em eleições livres, tem de merecer o repúdio e a condenação de todos os verdadeiros democratas".
"Os EUA nunca se vergaram perante a violência", salientou ainda.
Por sua vez, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, afiançou que "o ódio político e a retórica cada vez mais polarizada abre a porta à violência".
"O atentado contra Trump é vil e deve ser condenado por todos. O ódio político e a retórica cada vez mais polarizada nas nossas sociedades democráticas abre a porta à violência. Este é mais um sinal da degradação das nossas democracias, que todos devemos combater", afirmou numa publicação no X (antigo Twitter).
O atentado contra Trump é vil e deve ser condenado por todos.
— João Cravinho (@JoaoCravinho) July 14, 2024
O ódio político e a retórica cada vez mais polarizada nas nossas sociedades democráticas abre a porta à violência. Este é mais um sinal da degradação das nossas democracias, que todos devemos combater.
O presidente do Chega, André Ventura, classificou de "ignóbil e cobarde" o tiroteio que ocorreu no comício do Donald Trump e pediu que os responsáveis sejam "severamente punidos".
"A tentativa de ferir ou matar Donald Trump é ignóbil e cobarde. Há cada vez mais pessoas que não sabem nem querem viver em democracia. É triste!", referiu Ventura, numa publicação nas suas redes sociais.
A antiga eurodeputada Ana Gomes considerou que o atentado "à vida de Trump merece a condenação geral".
"Ao mesmo tempo não posso deixar de ver que já está a servir para o vitimizar e transformar num herói", observou a socialista, no seu espaço de comentário na SIC Notícias.
Também a deputada do Partido Socialista (PS), Isabel Moreira, comentou o sucedido, condenando o ataque.
"Porque não o condenar seria ferir-me. Nasceu entretanto um mártir psicopata", afirmou a deputada do PS.
O deputado da Iniciativa Liberal (IL), Carlos Guimarães Pinto, comentou a tentativa de homicídio a Trump, ressalvando que "não é preciso estar politicamente no lado da vítima para condenar" o ataque.
"A violência política ataca diretamente a democracia e precisa de ser condenada incondicionalmente. Justificá-la, relativizá-la ou tentar tirar proveito dela para espalhar mais ódio só ajudará a escalar mais o problema. Não é preciso estar politicamente no lado da vítima para condenar uma tentativa de assassinato de um candidato, basta estar do lado da democracia", adiantou Guimarães Pinto.
A violência política ataca diretamente a democracia e precisa de ser condenada incondicionalmente. Justificá-la, relativizá-la ou tentar tirar proveito dela para espalhar mais ódio só ajudará a escalar mais o problema. Não é preciso estar politicamente no lado da vítima para…
— Carlos Guimarães Pinto (@cgpliberal) July 14, 2024
Leia Também: Fotógrafo que presenciou ataque a Trump descreve momento. "Assustador"