Lisboa realça marca de "excelência e humanismo" de Joana Marques Vidal

A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou hoje, por unanimidade, um voto de pesar pela morte da ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal, lembrando-a como "uma das mais importantes mulheres da história contemporânea portuguesa".

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Lusa
18/07/2024 16:18 ‧ 18/07/2024 por Lusa

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Joana Marques Vidal

Apresentado pela mesa da assembleia, em reunião plenária, após consensualização das propostas de PAN, MPT, PS e PSD num documento único, o voto de pesar foi subscrito pela maioria dos grupos municipais, com exceção do PCP, e, no momento da votação, foi aprovado com os votos favoráveis de todos.

 

A ex-procuradora-geral da República Joana Marques Vidal morreu em 09 de julho, aos 68 anos, no Hospital de São João, no Porto, depois de ter estado várias semanas internada em coma.

O voto da assembleia recorda Joana Marques Vidal como "uma das mais importantes mulheres da história contemporânea portuguesa", expressando a todos os seus familiares e amigos votos de condolências e profundo pesar, com os deputados municipais a realizarem um minuto de silêncio em sua memória.

"Era uma mulher de causas. Os seus olhos brilhavam de forma especial quando falava sobre elas: do direito da família e menores à proteção às vítimas de crime, do combate à corrupção à modernização do Ministério Público", refere este órgão deliberativo da cidade de Lisboa.

No voto de pesar, a assembleia realça ainda que a ex-procuradora-geral da República "deixou uma marca de excelência por onde passou profissionalmente e deixou uma marca de humanismo nas pessoas com quem se cruzou".

Joana Marques Vidal foi a primeira mulher a liderar a Procuradoria-Geral da República (PGR), exercendo o cargo entre 2012 e 2018 e sendo sucedida por Lucília Gago.

Foi nomeada para a PGR em outubro de 2012 pelo então Presidente da República Cavaco Silva, ocupando o cargo detido até então por Pinto Monteiro.

Natural de Coimbra, onde nasceu em 1955, Joana Marques Vidal licenciou-se em Direito em 1978 e entrou no ano seguinte para a magistratura do Ministério Público.

Leia Também: "Figura incontornável". AR enaltece integridade de Joana Marques Vidal

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