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Caravelas ou medusas? Julho "calmo" com 'gelatinosos', mas eis que fazer

Saiba o que fazer em caso de contactar com algum organismo gelatinoso.

Caravelas ou medusas? Julho "calmo" com 'gelatinosos', mas eis que fazer
Notícias ao Minuto

17:37 - 19/07/24 por Notícias ao Minuto

País Praias

O programa de monitorização de organismos gelatinosos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) deu conta da última semana de ocorrências em termos de "ocorrências de organismos gelatinosos", uma 'ameaça' em que pode ser mais fácil tropeçar no verão.

 

"O mês de Julho continua calmo em termos de ocorrências de gelatinosos, a caravela-portuguesa apareceu somente nos Açores", começa por escrever o programa, GelAvista, numa publicação partilhada no Facebook.

"A medusa-do-tejo apareceu na zona do estuário do Sado e nas praias da Costa da Caparica. Por outro lado, os ctenóforos voltaram em força às praias dos concelhos de Cascais, Oeiras e Almada", explicam ainda os responsáveis.

O programa pede ainda a ajuda de todos que possam dar conta destes organismos, por forma a que estes possam ser mapeados com mais rigor. "Avistamentos de qualquer organismo gelatinoso poderão ser comunicados ao programa GelAvista através da aplicação GelAvista, disponível para sistemas Android e iOS, ou para plancton@ipma.pt. Avistamentos Nulos são também importantes, pois confirmam que as espécies não estão a ocorrer", dão ainda conta.

Mas caso não sejam vistos, o que fazer em caso de tropeçar nestas espécies?

"Algumas espécies de medusa podem picar, injetando veneno e causando reações locais e, no caso da caravela-portuguesa, efeitos sistémicos ocasionais. Estas espécies têm cnidócitos, células usadas para alimentação e defesa, que são como minúsculas seringas que injetam substâncias tóxicas por contacto com outros animais", começam por explicar no site, referindo ainda que os cnidócitos se encontram essencialmente nos tentáculos e que, no caso dos humanos, "o nível de toxicidade depende da espécie e da quantidade de veneno injetada".

"Os cnidócitos permanecem ativos mesmo após a morte do animal. A maioria dos contactos é acidental e ocorre na praia. Por isso, é importante evitar tocar nos organismos arrojados, especialmente nos seus tentáculos", lê-se.

Em caso de contacto, o mais importante é lavar "a zona afetada com água do mar, sem esfregar" e depois remover com "uma pinça os possíveis vestígios do organismo na pele". Em situação de se deparar com estes organismos, o que não deve mesmo fazer é usar "água doce, vinagre (à exceção do contacto com a caravela-portuguesa), álcool, ou amónia" ou usar "ligaduras ou pensos rápidos".

Resumindo...

Com a caravela portuguesa deve, após lavar e limpar com água do mar a zona afetada:

  • Aplicar compressas quentes (40º C) durante cerca de 20 minutos ou, em alternativa, vinagre sem diluir;
  • Se estiver em choque, com dificuldades em respirar ou a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Em caso de contacto com a medusa ou água vida, deve lavar e limpar com água do mar a zona afetada e depois:

  • Aplicar compressas de gelo durante cerca de 15 minutos;
  • Se a dor persistir, consulte o seu médico ou farmacêutico.

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