De acordo com um relatório sobre o Estado de direito nos países da União Europeia, divulgado hoje pelo executivo comunitário, Portugal "fez alguns progressos" na adequação dos recursos humanos ao sistema judicial, mas ainda não é suficiente.
Por isso, a Comissão Europeia recomendou que o país aumente os funcionários judiciais e todos os recursos humanos necessários e continue a "melhorar a eficácia, particularmente dos tribunais administrativos".
O país também tem de avançar com "medidas para assegurar a adequação dos procedimentos legislativos criminais para lidar com eficácia com os processos criminais complexos", e também "prosseguir os esforços envidados para garantir recursos suficientes para prevenir, investigar e reprimir a corrupção, nomeadamente para o novo Mecanismo Anticorrupção".
O executivo de Ursula von der Leyen também quer que Portugal assegure a "monitorização e verificação" dos mecanismos para a Entidade da Transparência.
O Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ) e o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) têm vindo a contestar para o défice de profissionais da classe, que dizem poder levar a uma rutura nos serviços dos tribunais e secretarias do Ministério Público.
Os dois sindicatos convocaram nos últimos meses greves prolongadas que ditaram o adiamento de muitas diligências e sessões de julgamento, tendo o problema ficado parcialmente resolvido com o recente acordo alcançado pela nova ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, com o Sindicato dos Funcionários Judiciais sobre o suplemento de recuperação processual.
[Notícia atualizada às 14h45]
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