O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, destacou a necessidade de atrair profissionais para a Educação de forma a "trazer novos perfis e sangue novo para as escolas".
"Nós nos últimos anos perdemos milhares de professores profissionalizados que abandonaram a profissão para ir fazer outras coisas, precisamente por estarem desiludidos com a profissão", reconheceu o ministro na 'Grande Entrevista' da RTP 3.
No entanto, Fernando Alexandre considerou que "recuperação do tempo de serviço" - promulgada ontem pelo Presidente da República - vai "tornar a profissão mais atrativa" e "conseguir trazer de volta professores".
Frisando que existem "cerca de 40 mil professores que estão a ganhar mil e tal euros", o ministro lembrou que, "apesar de os salários em Portugal não serem muito elevados", um "professor é uma pessoa qualificada, com muitas competências e conhecimentos".
"Temos o desafio e queremos trazê-los de volta [aos professores] mostrando que a profissão pode ser mais atrativa, mas também queremos trazer novos perfis e sangue novo para as escolas", atirou.
A atração de novos profissionais insere-se num conjunto de medidas aprovadas pelo Governo, no mês passado, para reduzir o número de alunos sem aulas.
Uma das medidas prevê a abertura do "acesso à profissão a docentes e investigadores doutorados, sendo integrados na carreira docente do básico e secundário, tendo em conta o tempo de serviço prestado em instituições de ensino superior, com a obrigatoriedade de frequência da adequada formação pedagógica".
"São pessoas que podem gostar de aulas. São pessoas muito qualificadas e vêm dar aulas para o ensino secundário ou para o ensino básico", explicou. "Não pretendemos que comecem no primeiro escalão porque são pessoas com experiência de ensino, experiência profissional e altamente qualificadas e, por isso, pretendemos ter um regime especial para eles".
Recorde-se que o plano '+ Aulas + Sucesso' foi apresentado do pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação para "prevenir que os alunos fiquem sem aulas durante períodos prolongados" no próximo ano letivo, de 2024/2025.
Recorde no link abaixo as medidas:
Leia Também: PS espera que Governo não diminua vagas para professores