Portugal respeita democracia "em qualquer sítio" e também em Angola

O primeiro-ministro português disse hoje que Portugal respeita os valores da democracia e direitos humanos "em qualquer sítio" e considerou que há convergência com Angola, país "amigo, aliado e parceiro" no que diz respeito à livre iniciativa das pessoas.

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© Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República

Lusa
25/07/2024 20:20 ‧ 25/07/2024 por Lusa

País

Luís Montenegro

Luís Montenegro falava no final de uma visita de três dias a Angola, focada no reforço da cooperação bilateral em várias áreas e nos temas económicos e empresariais, no decurso da qual anunciou um reforço de 500 milhões de euros da atual linha de crédito e manifestou a vontade de ter mais investimento angolano em Portugal e investimento português em Angola.

 

O chefe do Governo português declarou que Angola "é um país amigo, é um país irmão" e é também parceiro, quer na política internacional, quer na política bilateral.

Antes da visita, a Amnistia Internacional apelou a que Luís Montenegro aproveitasse para dialogar com as autoridades angolanas sobre as questões de direitos humanos, enquanto a UNITA aproveitou a presença do primeiro-ministro em solo angolano para pedir ajuda para reforçar o Estado democrático.

Questionado sobre estes apelos, Montenegro salientou que Portugal respeita "os valores da democracia" e dos direitos humanos em qualquer sítio, "e portanto também aqui".

Defendeu "uma filosofia política que acredita nas pessoas, que acredita na livre capacidade e iniciativa das pessoas e das instituições", objetivo no qual há convergência com Angola, salientando no entanto que as questões sobre o funcionamento dos órgãos e as instituições de cada país, dizem respeito a cada um.

"Cada um com a sua filosofia política, cada um com os seus métodos de intervenção política, nós temos respeito por tudo isso e temos uma comunhão de objetivos", destacou, garantindo que o Governo português estará sempre "do lado da valorização da pessoa humana" e da dignidade da pessoa, em qualquer contexto.

"Portanto, tudo aquilo que puder ser a nossa ação e a nossa intervenção para favorecer essa dimensão humanista, nós faremos, naturalmente respeitando aquilo que é a dinâmica política de todos os países, e nomeadamente dos países amigos, aliados e parceiros, e é isso que também acontece aqui em Angola", concluiu.

O primeiro-ministro português regressa esta noite a Lisboa.

Leia Também: "Muito alinhados". Montenegro assegura cooperação "exemplar" com Marcelo

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