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Dois anos de prisão para portuguesa que burlou espanhol. Fingiu relação
Uma mulher de nacionalidade portuguesa fingiu ter uma relação amorosa com um homem espanhol, que lhe transferiu avultadas quantidades de dinheiro e lhe comprou uma casa.
© Facebook/ Garemt Akl
País Espanha
Uma mulher de nacionalidade portuguesa foi condenada por um tribunal espanhol, no dia 16 de julho, a dois anos de prisão pelo crime de fraude, após ter-se aproveitado de um homem de Ledesma, na província de Salamanca, Espanha.
Segundo o jornal espanhol ABC, a mulher conseguirá evitar, no entanto, cumprir a pena de prisão, se pagar uma multa de 1.080 euros, sempre e quando não cometa nenhum outro crime no espaço de dois anos.
O caso remonta a abril de 2020, quando o homem, então com 65 anos, revelou publicamente que procurava uma mulher com quem pudesse ter uma relação amorosa e, consequentemente, casar.
A mulher, de 34 anos na altura, ficou a par do anúncio e contactou o homem. Ao perceber que seria uma pessoa facilmente influenciável, aproveitou-se dele, fazendo-lhe acreditar que estava disposta a manter uma relação amorosa.
A suposta relação era, no entanto, completamente falsa, segundo se lê na decisão do Tribunal Provincial de Salamanca, pois a mulher pretenderia unicamente obter benefícios económicos. Não terão estado juntos, em pessoa, mais do que quatro vezes, e em todas elas estavam acompanhados de outras pessoas.
A alegada relação desenvolveu-se maioritariamente através da aplicação WhatsApp, que a mulher utilizou para ganhar a confiança do homem e convencê-lo a transferir-lhe dinheiro em várias ocasiões, supostamente para comprar uma casa onde a ora condenada iria viver com os seus filhos.
O dinheiro era transferido para outra mulher, amiga da portuguesa, supostamente porque assim poderia manter alegados apoios sociais de que seria beneficiária.
Depois, veio a condição final para casarem: O homem - para além das quantias já transferidas - teria de comprar à sua amada uma casa em Zamora, e assim o fez. A escritura da casa, no entanto, ficou a nome dos dois, por conselho de um amigo da vítima que suspeitou das ações da mulher.
Ao todo, diz o ABC, o homem dispendeu de 100.954,36 euros, dos quais 62.435,19 são relativos à compra da casa. O resto do valor prende-se com gastos associados ao imóvel.
Quando a mulher se apercebeu que não conseguiria retirar mais vantagens económicas da vítima, deixou de manter contacto com ele, inventando desculpas para não estarem juntos em pessoa.
Para além da pena de prisão, do caso - no qual a mulher se declarou culpada - resultou também a nulidade parcial da escritura da compra da casa em Zamora, que passou a ter como titular único a vítima.
Leia Também: Português detido em Cabo Verde por tráfico internacional de armas
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