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Desaconselhados banhos em praia do Porto após incêndio na Auto Sueco

A praia das Pastoras, junto ao jardim do Passeio Alegre, no Porto, está desaconselhada a banhos e com bandeira vermelha devido à descarga de materiais poluentes na ribeira da Granja provocada pelo incêndio no grupo Nors, foi hoje revelado.

Desaconselhados banhos em praia do Porto após incêndio na Auto Sueco
Notícias ao Minuto

16:36 - 30/07/24 por Lusa

País Praia

Em comunicado, a Águas e Energia do Porto avança que na sequência do incidente, a Autoridade Marítima levantou, por precaução, a bandeira vermelha na praia das Pastoras.

 

Contactado pela Lusa, o capitão do Porto e comandante local da Polícia Marítima do Douro e Leixões, Silva Lampreia, afirmou que "parte da descarga poluente conseguiu escapar" às barreiras de contenção e meios de sucção, pelo que "algumas manchas" dispersaram para o mar.

Segundo o comandante, a maré avança para sul, pelo que, as manchas de poluentes podem aparecer noutras praias a sul do Porto, ou seja, do lado de Vila Nova de Gaia.

Por precaução, as autoridades estão a levantar a bandeira vermelha, que proíbe a ida a banhos, por também "desconhecerem o verdadeiro impacto destes poluentes".

Os banhos e a pesca lúdica foram hoje proibidos por precaução entre o cais de cimentos e a foz do Douro devido à descarga de materiais poluentes na ribeira da Granja provocada pelo incêndio no grupo Nors.

"Foi publicado um edital que proíbe os banhos e a pesca lúdica em toda a extensão, desde o cais de cimentos [perto do restaurante Casa d'Oro] até à foz do rio Douro por precaução", afirmou hoje o capitão do Porto aos jornalistas no Largo do Calem, onde decorrem os trabalhos de limpeza das águas.

A proibição abrange uma extensão de cerca de 2,7 quilómetros.

A Câmara do Porto está a tentar minimizar os efeitos da descarga de materiais poluentes na foz da ribeira da Granja e consequentemente no rio Douro, estimando concluir os trabalhos de limpeza na quarta-feira.

Também aos jornalistas, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, esclareceu que o impacto está contido na foz da ribeira da Granja, onde barreiras de contenção e meios de sucção estão a evitar que a descarga poluente chegue ao rio Douro.

"Para já, a situação está contida", afirmou o vice-presidente, acrescentando que até ao momento foram retirados 35 metros cúbicos de materiais poluentes das águas.

No terreno estão equipas de várias entidades, como a Águas e Energia do Porto, capitania dos portos do Douro e Leixões e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

Na segunda-feira, o incêndio que deflagrou no complexo do grupo Nors chegou a mobilizar para o local mais de 100 operacionais, apoiados por 45 veículos das três corporações do município do Porto, de Matosinhos, Maia, Pedrouços e Areosa -- Rio Tinto.

O alerta para o fogo foi dado pelas 13:38 e dado como "completamente extinto" pelas 18:30.

O incêndio destruiu as instalações da Auto Sueco Portugal, da Aftermarket Portugal e da Amplitude Seguros, empresas do grupo Nors.

Leia Também: Águas do Porto tenta minimizar derrame poluente após fogo na Auto Sueco

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