Esta performance deveu-se a uma melhoria do EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações), "decorrente dos ganhos de quota e da performance dos negócios, que mais do que compensou o incremento das depreciações em consequência do forte investimento realizado, dos custos financeiros e dos impostos".
Segundo a Sonae, o EBITDA consolidado melhorou 18%, para 410 milhões de euros, "traduzindo o investimento no desenvolvimento do portefólio e o sólido desempenho dos negócios de retalho alimentar e de telecomunicações".
De acordo com o grupo, o volume de negócios consolidado aumentou 11%, para 4,3 mil milhões de euros na primeira metade do ano, "impulsionado pelo crescimento da MC e da Worten, que reforçaram as suas posições de liderança no mercado português", e pela integração da nórdica Musti.
O investimento consolidado do grupo "superou os 1,3 mil milhões de euros nos últimos 12 meses, com o investimento no primeiro semestre a atingir o valor recorde de 966 milhões de euros", referiu, destacando que investiu "no reforço da internacionalização do portefólio com a aquisição de participações maioritárias na Musti e na BCF Life Sciences e prosseguiu a sua aposta no mercado português, com destaque para expansão e remodelação do parque de lojas da MC".
A Sonae revelou que, no retalho alimentar, "continuou a enfrentar um ambiente competitivo forte e exigente no setor alimentar português", sendo que, durante o semestre, neste segmento, "o volume de negócios aumentou 7,8% em termos homólogos, para 3,3 mil milhões de euros, impulsionado pelo melhor desempenho do segmento alimentar e do segmento saúde, bem-estar e beleza".
Segundo a Sonae, a MC abriu 15 lojas no segundo trimestre, "elevando o total para 43" no semestre, "incluindo 10 novas lojas de proximidade Continente Bom Dia". A MC investiu 123 milhões de euros neste semestre (+8% em termos homólogos), "valor que inclui o investimento no parque de lojas e melhorias contínuas nas plataformas informáticas e logísticas".
Já no retalho de eletrónica, o grupo registou um volume de negócios que cresceu 6,5% em termos homólogos para 593 milhões de euros no primeiro semestre.
No setor imobiliário, a Sierra registou um resultado líquido que aumentou 17,2% para 45 milhões de euros no semestre, "sendo o contributo para o EBITDA da Sonae de 26 milhões de euros".
A Sonae indicou ainda que prosseguiu "na implementação da sua política de responsabilidade social corporativa no primeiro semestre, tendo reforçado o apoio à comunidade em 16,5 milhões de euros, mais 6%" em termos homólogos.
"Desde o início do ano, a Sonae deu passos significativos nos seus esforços de crescimento e de internacionalização, investindo mais de mil milhões de euros em três novos negócios", disse a presidente executiva da Sonae, Cláudia Azevedo, citada no comunicado.
"À entrada para o segundo semestre do ano, mantenho plena confiança na nossa capacidade de impulsionar a inovação e o crescimento para melhorar as condições de vida de um número crescente de famílias nas várias geografias onde operamos", rematou.
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