Dengue e zika? Eis o que recomenda a DGS após deteção de mosquito

O Aedes albopictus, detetado em Cascais e em Pombal, pode transmitir às pessoas, quando infetado, doenças como dengue, chikungunya ou Zika.

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© Soumyabrata Roy/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
03/08/2024 12:07 ‧ 03/08/2024 por Notícias ao Minuto

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A Direção Nacional da Saúde (DGS) emitiu um alerta para a presença do mosquito que transmite o zika e o dengue, detetado recentemente em Cascais e em Pombal. Segundo a autoridade as deteções correspondem ao nível de risco 1 (amarelo), numa escala de 0 a 3.

O Aedes albopictus pode transmitir às pessoas, quando infetado, doenças como dengue, chikungunya ou Zika.

Mas, o que recomenda a DGS que faça perante a situação epidemiológica atual?

Eis os conselhos: 

  • Se um viajante regressou recentemente de uma zona onde estes vírus circulam, e se apresentar sintomas sugestivos de doença (febre, erupção cutânea na pele, dor abdominal, entre outros), contacte o SNS 24 (808 24 24 24) e mencione o histórico de viagem; 
  • Às equipas de saúde pública locais, proceder à investigação epidemiológica de qualquer caso notificado de dengue, chikungunya ou Zika;
  • Aos parceiros comunitários, colaborar na vigilância entomológica e, se necessário, implementar medidas de acordo com a orientação;
  • Reforçar a capacitação dos profissionais de saúde e outros profissionais relevantes para a deteção, diagnóstico e resposta no âmbito das doenças transmitidas por mosquitos.

A DGS deixou ainda nota de que, apesar de ter sido detetado o Aedes albopictu, "não foram identificados nestes mosquitos quaisquer agentes de doenças que possam ser transmitidas às pessoas". Por isso, não se registaram, até ao momento, casos de doença humana em contexto de transmissão local.

Relativamente ao controlo do Aedes albopictus, este implica intervenções no ciclo de vida do mosquito, que compreende às fases aquática (ovos, larvas e pupas) e terrestre (fase adulta do mosquito). Em áreas com deteção confirmada de mosquitos do género Aedes (Nível 1), deverá ser assegurada a localização e mapeamento, preferencialmente com georreferenciação, de locais onde a existência de criadouros possa constituir um risco para a multiplicação de mosquitos.

Compete às autarquias mapear estruturas públicas e privadas que possam ser locais propícios à existência de criadouros, dispersas em toda a sua área de intervenção.

As pessoas envolvidas nas ações de prevenção e controlo vetorial devem usar vestuário que cubra o corpo todo e o uso de repelentes.

A presença de mosquitos invasores Aedes em Portugal iniciou-se com a deteção de Aedes aegypti na Madeira, em 2005. A espécie Aedes albopictus foi introduzida no continente em 2017 no Norte (Penafiel), em 2018 no Algarve (Loulé) e em 2022 no Alentejo (Mértola).

Leia Também: Mosquito que transmite dengue e zika detetado em Cascais e em Pombal

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