Albuquerque garante situação é "mais calma" (e uma frente de fogo ativa)

O incêndio que lavra na ilha da Madeira há dez dias regista apenas uma frente ativa, a norte do Pico Ruivo, indicou hoje de manhã o presidente do Governo Regional, sublinhando que a situação está "mais calma".

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Lusa
23/08/2024 12:49 ‧ 23/08/2024 por Lusa

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Incêndios

"Só temos neste momento um pequeno foco na zona norte do Pico Ruivo [concelho de Santana], na zona alta do Caldeirão do Inferno, e o que estamos a averiguar é se existem condições para o helicóptero atacar esse núcleo de fogo", afirmou Miguel Albuquerque, em declarações aos jornalistas no Pico do Areeiro, um dos mais altos da ilha.

 

Caso o helicóptero não possa atuar, devido ao vento forte que se faz sentir, prosseguirão as descargas dos Canadair "logo que as condições atmosféricas permitirem", acrescentou.

Será mantida naquele local vigilância ativa para não haver propagação deste "núcleo" de fogo, assegurou.

Ainda de acordo com o presidente do Governo da Madeira, os Canadair que começaram a operar na quinta-feira na região, ao abrigo da ativação do Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, efetuaram hoje de manhã quatro descargas, "duas junto ao Pico da Torre e ao Pico Ruivo e duas na zona alta da Lombada".

Na zona da Lombada, concelho da Ponta do Sol, foram efetuadas hoje de manhã descargas "para arrefecer a zona, para não haver reacendimentos e, neste momento, não há focos ativos", acrescentou.

Miguel Albuquerque frisou que a "situação está mais calma, a evolução do vento norte é também favorável neste momento", acrescentando que os operacionais manter-se-ão no terreno nos próximos dias, "em zonas estratégicas", de modo a evitar reacendimentos.

"Estamos num quadro, neste momento, muito mais favorável e vamos continuar a fazer o trabalho, a operação tem de ser sempre desencadeada com condições de segurança, portanto a operação tem de ser feita em função das condições atmosféricas", realçou.

"O aumento do vento leva a alguma limitação, mas estamos com boas perspetivas neste momento", reforçou o presidente do Governo Regional.

O incêndio rural na ilha da Madeira deflagrou no dia 14 de agosto, nas serras do município da Ribeira Brava, propagando-se progressivamente aos concelhos de Câmara de Lobos, Ponta do Sol e, através do Pico Ruivo, Santana.

As autoridades deram indicação a perto de 200 pessoas para saírem das suas habitações por precaução e disponibilizaram equipamentos públicos de acolhimento, mas muitos moradores já regressaram, à exceção dos da Fajã das Galinhas, em Câmara de Lobos.O combate às chamas tem sido dificultado pelo vento e pelas temperaturas elevadas, mas não há registo de destruição de casas ou de infraestruturas essenciais.

Alguns bombeiros receberam assistência por exaustão ou ferimentos ligeiros, não havendo mais feridos.

Dados do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais apontam para mais de 5.002 hectares de área ardida.

A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio, mas o presidente do executivo madeirense, Miguel Albuquerque, disse tratar-se de fogo posto.

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