O sismo que se sentiu um pouco por todo o país foi o maior de um dos últimos 55 anos e já teve três réplicas.
De acordo com o comandante nacional de emergência e proteção civil, André Fernandes, houve um pico de chamadas por parte da população para o comando nacional, comandos regionais e sub-regionais e corporações de bombeiros, tendo sido dadas recomendações.
Atravessado por duas placas tectónicas, nas regiões da Grande Lisboa e do Algarve, Portugal Continental, bem como Açores, não está imune a um tremor de terra de maiores dimensões.
Para se preparar para qualquer sismo, organize-se em 7 passos:
- Identifique e corrija os riscos de sua casa;
- Organize um plano familiar de emergência;
- Prepare um kit de emergência;
- Identifique e corrija os pontos fracos do seu edifício;
- Execute os 3 gestos que o protegem:
© Reprodução - Cuide de si e em seguida dos outros
- Esteja atento às indicações das autoridades.
Assim, recordamos como organizar um kit de sobrevivência - uma mochila que deverá ter preparada e à mão para estas situações.
Não descartando também a ocorrência de tsunamis, inundações e desabamentos, "é importante saber o que fazer em caso de sismo e garantir proteção com um seguro", refere a DECO, que dá as orientações.
Cada um de nós deve ter preparado um kit de sobrevivência com objetos e produtos simples, "que muitas vezes estão esquecidos nas gavetas dos quartos, na despensa ou na garagem, mas fazem diferença em situações-limite".
Como escolher a mochila e o que lá colocar?
Segundo a DECO, deve escolher uma mochila de um material resistente para guardar comida e bebidas para três dias, no mínimo. "Verifique com regularidade a data de validade dos alimentos e substitua-os, se necessário", pode ler-se.
Escolha comida que não precise de ser cozinhada. Evite os alimentos salgados, para diminuir a necessidade de beber água (pode ser escassa nestas situações) e inclua também um estojo de primeiros socorros e alguns objetos de segurança.
A mochila deve estar equipada com:
- Garrafas de água;
- Géis energéticos (dos que se usam em atividades desportivas), bolachas e chocolates;
- Comida enlatada (atum, salsichas, leguminosas, papas de bebé para os mais novos, etc.) e comida para os animais de estimação;
- Apito, caso seja preciso sinalizar o local onde está;
- Manta de aquecimento;
- Canivete multifunções e isqueiro;
- Alguns metros de corda (dê preferência ao material paracord, que é leve, resistente e ajuda a imobilizar fraturas ou prender objetos);
- Rádio a pilhas. Em caso de emergência, as autoridades comunicarão com as populações através deste meio;
- Pequena lanterna a pilhas;
- Pilhas de substituição;
- Relógio que não precise de ser carregado na corrente. O mais provável é não haver eletricidade em caso de catástrofe natural;
- Comprimidos de purificação de água, à venda em lojas de desporto outdoor ou na net;
- Algum dinheiro, em notas e moedas;
- Cópia do cartão de cidadão de toda a família;
- Kit de primeiros socorros.
O que incluir no kit de primeiros socorros
Compressas, ligaduras, luvas descartáveis, pensos, adesivos, tesoura, pinça, agulhas e alfinete-de-dama; estes objetos ajudam a fazer curativos;- Pequeno frasco de água-oxigenada, um antiséptico (como iodopovidona, presente no Betadine), para desinfetar as feridas, e soro fisiológico para os olhos;
- Anti-inflamatórios, como ibuprofeno e ácido acetilsalicílico;
Antidiarreico; - Termómetro, lenços de papel, toalhitas e cotonetes;
- Embalagem extra dos medicamentos de toma regular (por exemplo, para a hipertensão, diabetes, etc.);
- Máscaras cirúrgicas (três ou quatro unidades por membro da família).
Recorde-se que a mochila deve, preferencialmente, ficar perto da saída de casa (num armário do hall de entrada, por exemplo). Toda a família deve estar informada em relação à localização da mochila.
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